A igreja evangélica está em crise porque há muita fala humana e pouca ou quase nenhuma exposição da Palavra. Em não havendo a Palavra manifesta de Deus, o Espírito Santo não pode atuar porque Ele apenas honra a Palavra de Deus e não aquelas ditas, mesmo que fervorosamente, por homens em um momento de emoção espiritual. Palavras proféticas só se cumprem se vierem do trono de Deus, através de homens que falam em o nome de Deus.
Há uma verdade aterroradora nas palavras de John Macarthur: "Os líderes da igreja estão obcecados com o estilo e a metodologia; perderam o interesse pela glória de Deus e se tornaram grosseiramente apáticos quanto à verdade e à sã doutrina."(*)
Se olharmos para a época em que o rei Josias assumiu o trono, vamos entender que o povo de Deus estava perdido, confuso, sem direção, pois seus antepassados não tinham obedecido ao Senhor, tampouco ensinado aos seus descendentes por que caminho andar. Leia II Reis 22:1-20 e deixe o Espírito Santo falar ao seu coração. O mesmo texto pode ser lido no livro de II Crônicas 34.
Como o texto bíblico vai nos dizer, o sumo sacerdote Hilquias manda avisar que achara o “Livro”. O livro encontrado era a Palavra de Deus. Obviamente que o povo não poderia estar vivendo outra situação a não ser as agruras de uma vida humana baseada em um esforço cotidiano que ansiava por uma mudança e direção, pois a Palavra de Deus não estava sendo apregoada.
Após Josias ter rasgado suas vestes por saber em que posição ele também se encontrava, e tendo feito uma limpeza no reino, todo o povo, desde o menor até o maior subiu à casa do Senhor e o Livro foi exaustivamente lido, por ele mesmo, diante de toda a congregação do povo de Judá. E em II Reis 23:3 diz assim: “E o rei se pôs em pé junto à coluna, e fez a aliança perante o SENHOR, para seguirem o SENHOR, e guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, com todo o coração e com toda a alma, confirmando as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo apoiou esta aliança.”
Deus está cansado de performance humana na sua igreja, de convenções dos homens, de programas com 7 passos disso e 10 passos daquilo para conhecer mais a Deus. O que precisa-se fazer na igreja é abrir o LIVRO e lê-lo para que as pessoas ouçam a Palavra, arrependam-se, endireitem seus caminhos e sigam a Cristo. Se não for para isso que existe a igreja, salvar vidas pela pregação da mensagem das boas novas do evangelho de Cristo, para que mais ela existe?
Às vezes penso se a igreja está como um corpo acéfalo, que segue conforme cada membro decide andar. Se assim for, para onde rumamos como corpo de Cristo? Um corpo sem sua cabeça está morto e só pode ser mantido em estado vegetativo, e isso através um ventilador que ministra uma respiração artificial.
Atuações humanas nas igrejas por parte dos seus líderes, "simulando" o poder de Deus, como o paletó da unção, o suór do poder, a saliva de Cristo, os 318 quilos de sal (Vale do sal), a consagração dos dizimistas, o corredor da unção,
Não use o argumento do apóstolo Paulo descabidamente e fora do contexto, para dizer que a igreja está se "fazendo de louca para ganhar os loucos", pois o apóstolo Paulo se refere ao método de proclamar a Palavra de Deus de forma clara e persuasiva como a "loucura da pregação". (Ver I Coríntios 1:21) O que estamos vendo em algumas igrejas é literalmente a "pregação da loucura"; é mágico evangélico, palhaço evangélico, marionete evangélico, e a última agora, discoteca evangélica; e aí a coisa vai afora.
A igreja de Cristo não precisa de um respirador artificial, mas sim do sopro do Espírito Santo de Deus para viver novamente. "Filho do homem, acaso poderão reviver estes ossos?" (Ezequiel 37:3a) "Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso." (Ezequiel 37:9-10) Amém, que assim seja Senhor Jesus Cristo.
Oremos e choremos para que Deus levante uma Geração Josias nesses dias.
É isso aí. Fique na paz do Amado.
Escrito e publicado por Éber Stevão.
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(*) Macarthur J. A Guerra pela Verdade. 1a. ediçao. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008.
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