sexta-feira, 28 de junho de 2019

RAVI ZACHARIAS, O "SWEET TALKER" QUE ELOGIA JOYCE MEYER COMO UMA GRANDE ENSINADORA DA BÍBLIA!!!!

No vídeo que pode ser encontrado no link https://www.youtube.com/watch?v=Gh5rYB7rYmY Ravi Zacharias chama Joyce Meyer de uma grande ensinadora da Bíblia.

Quem nunca leu a Bíblia de estudo da Joyce Meyer (agora cada pregador tem a Bíblia na sua herética versão) e for lê-la, descobrirá que no livro de Mateus, capítulo 19,  aparecem as notas dela sobre este capítulo: "Ame a si mesmo. Um dos maiores problemas que muitas pessoas têm hoje é que elas não pensam bem acerca de si mesmas. Elas precisam saber que a Palavra de Deus as ensina a amarem a si mesmas. Uma vez que o Senhor nos comanda a amarmos nosso vizinho assim como nós amamos a nós mesmos, veja Mateus 19:19, Ele deve acreditar que é importante a amarmos a nós mesmos assim como amarmos aos outros. Mas não é apenas suficiente amarmos a nós mesmos, nós também devemos gostar de nós mesmos..." E daí ela continua com um monte de estórias frívolas, anedotas e outras mais da carochinha, contando como ela aprendeu isso. 

Que hermenêutica horrososa!!!! 

Jesus no texto de Mateus 19 NUNCA disse para nós amarmos a nós mesmos. O que Jesus quis dizer é que assim como nós cuidamos de nós mesmos e amamos o nosso corpo e nos predispomos a não fazemos mal a nós mesmos, a odiar a nossa própria carne, da mesma forma, devemos tratar o nosso vizinho/próximo. A ênfase é completamente outra.  

Joyce Meyer, a grande ensinadora da Bíblia, segundo Ravi Zacharias, distorce a Palavra de Deus e ensina que devemos amarmos a nós mesmos. Sério?

Vamos ver o que diz a Palavra de Deus acerca disso: "Porque haverá homens AMANTES DE SI MESMOS, AMANTES DO DINHEIRO..." "...mais amigos dos deleites do que amigos de Deus". II Timóteo 3:2,4b (ênfase minha). Todo o Evangelho de Jesus Cristo não é acerca de amarmos a nós mesmos, mas a Deus e ao próximo.

Joyce Meyer não somente é uma das ruins ensinadoras da Bíblia, como é também uma profetiza multi-milionária, charlatã do Evangelho de Jesus Cristo, pregadora da falsa doutrina da prosperidade.  

"Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos." II Timóteo 4:3-4

RAVI ZACHARIAS, O "SWEET TALKER" QUE DESEJA TER COMUNHÃO COM MÓRMONS

O que importa não é o quão bem nós começamos a jornada com Jesus Cristo, mas como a terminaremos.

No vídeo que pode ser encontrado no link https://youtu.be/D7oFuTPdPMI é possível assistir Ravi Zacharias que se interessa em se associar aos mórmons, fazendo se si mesmo um completo hipócrita.

Vejamos o texto de II João 1:9-11: "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras."

Ainda em Romanos 16:17-18 diz assim: "E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo."
Conforme Efésios 5:11 que nos orienta: "E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as."
A teologia mórmon, entre outras heresias e abominações, ensina que Jesus e Lúcifer são irmãos espirituais. Que Jesus é um ser criado. Acreditam que Elohim, Deus o Pai Celeste, também foi criado. Que existe uma infinidade de deuses antes dEle e que ele era homem numa determinada época e depois se tornou um Deus. Os homens também se tornarão deuses um dia. Mais blasfemo que isso não sei se é possível ficar.

E Ravi Zacharias foi chamado para falar a esses mórmons em seu tabernáculo. Ele trouxe alguns dos assuntos acima para discussão? NÃO!  E isso é o que ele disse ipsis literis: "Eu me sinto honrado, verdadeiramente honrado e de me posicionar atrás deste púlpito e ter a oportunidade de falar da imensa confiança que a sua liderança tem de me dar essa honra. Então eu não a recebo de forma banal. E eu quero agradecer todos os pastores de se unirem, apenas de se juntarem. Greg, você é uma amigo muito querido. Você é uma homem corajoso e você está vencendo vários obstáculos, dificuldades e isso proporcionou a estarmos juntos e florescer. Então, o que faz com que nós nos unamos? Como já foi dito aqui, sim, nós temos diferenças teológicas profundas, mas eu creio que é recomendável que nós achemos uma causa comum a fim de criarmos um bom solo moral neste cultura e nesta época. Se você não tiver um solo moral você não pode ter uma grande arte, você não terá uma grande razão. Tudo o que você encontrará é uma contradição sistêmica...  Deixe a Palavra de Deus ser novamente encontrada nos nossos lugares de adoração, nas nossas igrejas e em qualquer lugar que se declara em conhecê-Lo. Deixe a Palavra de Deus e deixe a adoração ser a expressão sumária de tudo o que você e eu realmente somos. Uma vez que fizermos isso o mundo verá a beleza daqueles que seguem a Cristo."            

Primeiro, os mórmons não têm pastores, mas apenas líderes que trazem as pregações nas suas igrejas. Frequentei durante vários meses uma igreja mórmon quando morei em Magalia, Califórnia, nos idos de 1994. Sei bem do que estou falando!      

Ravi Zacharias é conhecido por ter um mente lógica e expertise intelectual voltado para apologética, porém quando entra no campo da teologia, é extremamente deficiente. Curioso é ele postular que a moralidade pode existir mesmo fora de uma rija teologia. Quem sabe também devemos dizer a Ravi Zacharias: "Sem uma teologia sã, você não terá um bom solo. As muitas letras lhe causaram confusão, prezado Ravi Zacharias!"

A moralidade foi por Deus estabelecida e se segura no pilar da sã teologia. Negar que a teologia mórmon é um afronte absoluto e um ataque ao nosso Senhor Jesus Cristo, é necessário estar completamente enganado. Impossível obter o que você deseja Ravi Zacharias, um bom solo moral, sem uma doutrina bíblica sã! Você está delirando! Qual é o bom solo moral da poligamia e racismo encontrado na igreja mórmon? Novamente, sei muito bem do que estou falando! Quem tem dúvidas procure nos anais da história mórmon.

Caro Ravi Zacharias, você agradece a pessoas que adoram um Jesus Cristo completamente diferente dos evangélicos? Que têm outro evangelho, não o de Jesus Cristo. O que dizer deste texto do apóstolo Paulo em Gálatas 1:8 "Contudo, ainda que nós ou mesmo um anjo dos céus vos anuncie um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja considerado maldito!"? É desta forma extremamente séria que os apóstolos entendiam a pregação de um falso Evangelho. Mas Ravi Zacharias está jubiloso, alegre de estar lá, verdadeiramente honrado, as pessoas ali são queridos amigos!!! Wowwww

Infelizmente o que Ravi Zacharias está dizendo, mesmo sem dizer, é que a VERDADE DE CRISTO não importa. Ele está sendo um "expert" em diplomacia teológica e não em coragem bíblica de expor a mentira. Ai ai ai

"Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos". II Timóteo 4:3-4

quinta-feira, 27 de junho de 2019

JESUS O ETERNO PSICANALISTA


Ensaio:  Jesus o eterno psicanalista

             Stevão, Éber Luís de Lima C.D., PhD §

            Apenas discutir filosoficamente a respeito de Deus e refutá-lo, torna o homem insensato e obtuso, pois “Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor”[1] uma vez que “É o Senhor quem dá sabedoria”[2]. Sendo assim, minha argumentação estará ancorada na revelação do próprio Deus na sua palavra escrita, a bíblia. É preciso conhecê-lo de verdade e para tanto, parece que a dor que experimentamos ao longo da nossa vida tem sido uma apropriada ferramenta que Deus tem usado para se revelar desde os primórdios do Gênesis.
“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos: teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será remédio para o teu umbigo e medula para os teus ossos”.[3] Quando se fala em remédio, obviamente pensa-se em doença, mas também em cura. E é ao redor desses temas que quero aludir. Curioso é notar o grande sábio Salomão citar a medula óssea, pois hoje quem não sabe a sua importância para a hematopoiese?
            Há alguns anos atrás, uma amiga contou-me que após um período difícil de sua vida que envolvia seu relacionamento afetivo, entrou em uma profunda depressão tendo apenas 23 anos de idade. Passou a realizar análise com um psicanalista durante um período de 4 anos e meio. Segundo ela mesma, de nada serviu, a não ser quando veio conhecer a Cristo Jesus. “Toda a minha mente, o meu espírito e coração foram renovados; tornei-me uma nova pessoa” afirmou com uma convicção profunda. O que de tão vibrante marcara sua experiência?
            É importante entendermos que Deus conhece o nosso ser. Sabe o nosso deitar e levantar[4]; conhece-nos completamente. Mas o homem que se redoma na autocomiseração não pode conhecê-lo e isso impede que uma comunhão possa existir. Deus quer que nos abramos para Ele.
            O passo primeiro para que o ser humano possa amadurecer e não adoecer no seu interior é o conhecimento de si próprio.[5] Sem dúvida, é importante que nos conheçamos, mas de que forma isso acontece?
“...pois quando o Espírito Santo vier, convencerá o mundo do pecado.”[6] É desta maneira que iniciamos no auto-conhecimento, nos humilhando perante Deus, reconhecendo que somos pecadores e aceitando a Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal.
Aquele que foi o maior dos sábios, o rei Salomão, diz que o princípio da ciência é o temor do Senhor.[7] Mas, como o homem poderá temê-lo não o conhecendo, e se o seu coração estiver endurecido para se quebrantar diante do grande “Eu Sou”?
            O homem por não querer se humilhar, prefere negar a existência de Deus. “Disse o néscio em seu coração: não há Deus.” [8] Então, como o ser humano terá a noção de Deus e que precisa da sua luz? O princípio gerador do conhecimento está na Bíblia: “lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos...”.[9]
            O rei Davi foi considerado como aquele que tinha o coração de Deus. Ele o temia e era humilde na sua presença: “...meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram.”[10] E isso é o que se diz do homem que teme ao Senhor  “...comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.”[11] Aqui, fica claro que a pessoa que conhece a Deus goza de homeostasia na plenitude do seu corpo, alma e espírito.
            A Bíblia diz que o homem queixa-se dos seus pecados.[12] Analise o que um guerreiro, como foi Davi, relata nos versículos do Salmo 38:3-10. Pegue sua Bíblia e tenha um tempo de reflexão, lhe fará muito bem.            
            Nada mais axiomático do que dizer que Jesus preocupa-se com a necessidade do ser humano ser curado de suas doenças interiores. Ele foi e é o maior psicanalista que já existiu, pois é Deus, e deixou fundamentos importantíssimos para serem utilizados pelos profissionais que diagnosticam e tratam das doenças psicossomáticas. Na verdade, ele deixou a si mesmo numa cruz. Não há expressão de maior comprometimento com o ser humano do que se doar (morrer) pelo próximo.
            A crítica que pode ser feita a esse método para a cura interior é que ele não é científico e que parte da fé. Está escrito que  “...e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” [13] Se assim o é para tudo aquilo que se relaciona com o nosso soma, enquanto corpo, porquê não a fé como curadora do nosso interior (alma), já que estamos discursando sobre coisas que não vemos, mas que estão engastadas no nosso ser?
Explicando melhor, a cura para o interior não se trata daquilo que é material, mas sim do que é invisível. Porém real, porque é possível sentir dentro de nós mesmos os conflitos dos paradigmas impostos na concepção do que é exterior e os processos patológicos somáticos, passam então, a fazer parte da vida.           
            Tratando-se do que é científico ou não, poderíamos elucubrar que Freud foi pouco científico quando estabeleceu as fases que o ser humano percorre no seu desenvolvimento. Talvez seja melhor dizer que esse pesquisador tenha adotado apenas um padrão social no qual vivia.
            Para dar luz a esse assunto, é possível afirmar que o comportamento apresentado no final do ano de 1996, por crianças da faixa etária de 7 a 8 anos em algumas escolas de Campinas, São Paulo, relatado por professoras e diretoras daquelas instituições, estava fixado na fase fálica, enquanto que para Freud ela não se inicia antes dos 10 anos de idade.
Ora, é simples dizer que os padrões de convivência social têm sido alterados tanto pela televisão, com uma censura liberalista, quanto através das letras de várias músicas que são tocadas nas rádios. As crianças têm sido expostas a esse tipo de bombardeio constantemente, o que acaba por determinar em suas mentes um padrão.
            A psicologia Freudiana, através da psicanálise, na verdade nunca irá preencher os requisitos para completar o diagnóstico e sentenciar um tratamento para uma pessoa que está doente interiormente, tendo em vista o prognóstico conclusivo. E isso até foi afirmado por ele mesmo, escrevendo ao seu amigo Pfister.[14] Convence-me a simplicidade de Freud em admitir sua pusilanimidade.
            Voltando à estrutura do homem, pode-se dizer que tudo o que estiver contido na alma é expresso pelo coração, não somente, mas frequentemente, em forma de palavras pela boca “...porque a boca fala do que está cheio o coração...”.[15] Não há nada que seja da alma que não passe pelo coração. O coração é o próprio eu; é onde a nossa personalidade reside. “Consultai no travesseiro o vosso coração, e sossegai.”[16]
            O exercício solo de introspeção não leva ao auto-conhecimento. Porém, se alguns pensadores afirmam que sim, de forma alguma esse ato trará respostas às mais diversas questões que o homem impõe a si próprio. Foi exatamente o que respondeu José ao faraó do Egito, o qual se perturbara em seu espírito: “...Deus dará resposta...”.[17]
            Quero que você analise o texto que se segue: “sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração...”.[18] A Bíblia fala que “enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e perverso: quem o conhecerá?”[19] E que dele procede maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”.[20]
            Como o coração pode ao mesmo tempo ser a saída e a perdição do homem? Sob que luz ou parâmetro nos avaliamos quando realizamos uma introspeção para o auto-conhecimento?
            Está escrito qualquer que “...não duvidar no seu  coração, mas crer que se fará o que se diz, assim será com ele”.[21] De forma não ortodoxa, entendo que o verdadeiro eu seja o coração (alma); nossa personalidade. Logo, não interessa descobrirmos, através da introspeção, o que ela é se não intencionarmos o que ela pode vir a ser pela vontade de Cristo. Novamente, crer implica em fé, como outrora mencionado.
            A Bíblia diz que “Deus se cobre de luz...”.[22] Veja o que Jesus fala de si próprio: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, pelo contrário, terá a luz da vida.”[23] Se desejamos conhecer nossa alma, ou seja, nosso coração e também nossa mente, deveremos fazê-lo sob a luz de Cristo. É o que está explícito neste trecho que nos afirma “Na tua luz vemos a luz” [24], ou seja, com a luz de Jesus Cristo brilhando em nós podemos perceber em que escuridão estávamos.
Tracemos um paralelo, por exemplo, entre a nossa vida com aquela pessoa que perdeu um anel em uma rua escura. Ela não irá encontrá-lo no breu da escuridão. Tampouco o encontrará na busca debaixo de um poste luminoso, pois não foi aí que o perdeu. É necessário que a luz traga ao conhecimento o lugar em que o anel foi perdido e a tudo ilumine.
            Mais profundamente descrevendo a situação do homem e sua posição diante da luz, citamos que “o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”[25]
            O salmista dizia “sonda-me ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau...”.[26] E também pedia “Examina-me, Senhor, e prova-me: esquadrinha os meus rins e o meu coração.” [27]
            O caminho para sermos sarados não está em analisarmos o nosso eu incessantemente, e sim, em olhar para o autor e consumador da nossa fé “...porque eu sou o Senhor que te sara” [28] e deixar que o seu Espírito nos traga à luz tudo o que está escondido.
Jesus falando para Nicodemos disse “necessário vos é nascer de novo.” [29] Portanto, é receber a Cristo Jesus, permitir que o seu Espírito revele à nossa mente o que está errado, e deixar entrar no coração o que diz o apóstolo Paulo “assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” [30]
O ato de aceitar a Jesus implica em confiar nEle e se sucederá o que está escrito no livro do profeta Jeremias: “Bendito é o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Porque será como árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano se sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” [31]
            Jesus preocupou-se com todas as áreas de conflito que o interior do homem incorre. E para descrevê-las usava parábolas. Dessa maneira, através do seu poder, curava os doentes. Continua hoje realizando tudo da mesma maneira.
Está aqui um método para tratamento e cura do interior do ser humano. Por que a psicologia em alguns bolsões, resiste em utilizar esta sistemática? Que método analítico do relacionamento interpessoal ou de introspecção, sendo aplicado em uma pessoa faz com que ocorra uma mudança que, por exemplo, se deu com Zaqueu, através de um curto período de convivência? Veja as palavras desse homem complexado: “...Senhor, eis que dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.” [32]
            Na concepção psicológica do homem, ele tem uma mente, enquanto que fisiologicamente, um cérebro. O que diz respeito ao intelecto refere-se à totalidade do nous que é a mente. A mente se encontra entre aquilo que é intuitivo e material - cérebro.
            O espírito é a parte do homem que tem consciência de Deus. É ele que comunga com o Criador através da mente. Lembre-se que Jesus afirmou que “Deus é Espírito”.[33] O espírito é o sopro da vida de Deus no homem. Portanto, é necessário que tenhamos um espírito aberto e sensível e uma mente renovada. O espírito precisa comandar a mente e não o contrário, pois a mente naturalmente irá se desviar das coisas espirituais.
            Vejamos o que está afirmado em Efésios 4:17-24: “...não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza dos seus corações... vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem...”. [34]
            O apóstolo Paulo diz: “transformai-vos pela renovação da vossa mente”.[35] No momento em que aceitamos a revelação de Cristo, a nossa mente é renovada. Mas, precisamos arejá-la a cada novo dia, pois se assim não o fizermos, entulhamos processos não julgados e tampouco resolvidos que nos forçam por si só ou pela ação do Espírito Santo em nós, sempre voltar na intenção de revê-los.
            A mente sendo defeituosa coloca o homem em uma condição de viver a insensatez. São muitos os textos bíblicos que descrevem que o ser humano quando não vive sob a luz de Cristo, tem uma mente corrompida, depravada, fútil, vã, carnal e contaminada.[36] Uma mente cauterizada pelo pecado, certamente leva à permissividade.
A permissividade leva a racionalização quando a santidade é ignorada. A racionalização encoraja à rebelião quando o arrependimento é ignorado.
Leia Efésios 6:10-13 “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça.”[37]
Nossa mente (intelecto) é cativa de satanás pela própria natureza humana. Nascemos nessa condição, como mesmo afirmado pelo rei Davi: “Eis que eu nasci em iniqüidade, e em pecado me concedeu minha mãe.”[38] Não conseguimos por nós mesmos mudar esse triste estado.
A mente é um solo de guerra e a mente é o local onde decisões são feitas a favor ou contra a verdade. E é da natureza da mente viver para si mesma, da maneira que lhe agrada, porque a natureza humana é egoísta. Essa luta é travada em todos os momentos da nossa vida, desde os primórdios da nossa existência até a morte. É uma batalha!
Observe acima que três vezes Paulo frisa a palavra firme. Obviamente, quem não está firme cai. Sem a obstinada decisão de permanecer firme, qualquer pessoa absorverá a permissividade do estilo de vida mundano ou das práticas e conceitos da sua sociedade (cultura) que estão em voga na sua geração. E a cada dia mais vemos o que é errado ser chamado de certo e o que é certo de “ultrapassado”. A partir disso, o resultado é óbvio.
De uma forma analógica ao que Paulo está dizendo, poderia dizer assim, se fôssemos inteligentes, não precisaríamos estudar. Mas basicamente somos ignorantes e por isso estudamos. Ora, se fôssemos firmes, não precisaríamos das palavras escritas pelo apóstolo Paulo que foi inspirado pelo Espírito Santo para registrá-las.
Você e eu quando chegamos ao conhecimento de Jesus Cristo como nosso salvador pessoal, recebemos o Espírito Santo. Então o Santo Espírito não vem simplesmente para residir e nos assegurar o passe da eternidade, mas para nos controlar. Nós éramos sem domínio até que Ele veio em nós. Mas nós ainda nos mantemos fora desse governo até que ele comece a nos controlar verdadeiramente as áreas que em nossa vida sempre pertenceram ao inimigo.
            A nossa mente o grande vilão e é esse o motivo do apóstolo Paulo nos pedir para que nossa mente seja renovada: “E não sede conformados pela renovação do vosso entendimento.”[39]
Todos nós (muito mais a pessoa em conflito e doente) precisamos entender que só existe uma saída, é nos fortalecer na força do Senhor porque em nós mesmos, somos viciosos, imorais ou amorais e grosseiros.
Em II Coríntios 2:10-11 diz assim: “E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; Porque não ignoramos os seus ardis”.
Paulo traz a idéia de uma porta aberta, um caminho de entrada. A palavra “ardis” do grego é “noema” quer dizer vem da raiz da palavra “nous” que significa mente. Então, “Porque não somos ignorantes das suas ciladas na mente” seria a melhor tradução. Ou ainda, “...para o controle da mente”.
Nós realmente somos ignorantes acerca dos esquemas de satanás. Sozinhos não somos páreo para ele. Sabe-se lá a razão, se por dito popular no meio evangélico ou pregação, nós começamos a acreditar que a nossa mente é toda de Cristo e que literalmente temos a mente de Cristo. Daí passamos a acreditar que se não existe espaço para o errado é porque não há o errado. Desta forma, cremos enganosamente que quando algo errado vem à mente e acabo por atuar erroneamente, eu pulo rapidamente para a graça e sou liberto porque tenho a mente de Cristo.
Claro, obviamente nós temos a mente de Cristo, pois o próprio apóstolo Paulo declaro isso em I Coríntios 2:16 “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo”. Porém, veja bem, não está escrito em nenhum lugar da Bíblia que o controle da nossa mente passa automaticamente das garras de satanás que a tem controlado por tantos anos para o Espírito Santo!
Em II Coríntios 4:3-4 você lê exatamente o contrário: “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.
O evangelho é mais do que somente as boas novas do evangelho, mas é o poder de Deus para libertação dos oprimidos. Está assim escrito: “O espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu...; enviou-me a proclamar liberdade aos cativos...” (Isaías 61:1), texto que o próprio Senhor Jesus usou como referindo a ele próprio em Lucas 4:16-21. O evangelho de Cristo é viver acima do mundo enquanto você nele vive; como permanecer firme, enquanto todos ao seu redor, inclusive a igreja que está aí, a igreja CNPJ que se diz de Cristo, vivem a permissividade.
Assim sendo, vemos que satanás lançou um véu sobre a mente, o pensamento, a fonte das idéias dos que são incrédulos. Por que? Para que eles não vejam a luz do Evangelho e a glória de Jesus que é a imagem de Deus.
Quando Jesus Cristo vem para a minha vida, Ele entra na minha vida e eu ainda continuo com uma mente cega. A sua luz penetra parte da minha mente que faz com que eu entenda que eu sou um pecador, um depravado, que meu destino é o inferno, estou perdido e a única esperança é o sangue de Jesus Cristo no calvário. Então, só então, essa parte da sua mente é aberta para a luz de Deus!
            Enquanto o homem não entender que ele é um pecador, achando que ele é bom e que faz boas obras, ela está cego por satanás na sua mente e não conhece a luz de Cristo. Por isso Jesus disse “...Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”[40] João, seu discípulo, refere-se assim a Jesus Cristo: “Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.”[41]
            Elucidando, um sinal de uma mente doente é o viver desconfiado, sempre emitindo críticas para denegrir o nosso semelhante. É totalmente ao contrário do que está escrito em Filipenses 2:3: “...cada um considere os outros superiores a si mesmo”.
O entendimento embotado e a falta de interesse na sabedoria também é uma abonação da doença interior. Confira o que Salomão dela fala desde o primeiro até ao quinto capítulo de Provérbios.
Ainda, outro sintoma é a incapacidade de controlar os próprios pensamentos e seqüênciá-los, a fim de que sejam produtivos no meio da convivência, o que gera um desajuste. Isso traz como resultado muitos estigmas que a pessoa consigo carrega.
Analisemos o que se passou com Nabucodonosor, o grande rei da Babilônia. O texto bíblico encontra-se no livro de Daniel capítulo 4. O interessante é que a bíblia narra aquela situação em que ela se encontrava como loucura. No comentário da Bíblia Shedd sobre o capítulo 4 versículo 25, está assim: “O rei será acometido de distúrbio mental que o fará fugir da vida humana e escolher a de um irracional – assim aquele que ficava bêbado com os louvores dos homens também vai ser ‘ensinado’ por Deus a ser racional e sábio nas coisas eternas, até compreender a natureza da providência divina e o domínio de Deus. O sonho podia ter desviado o rei do seu caminho de soberba, pelo conselho do profeta ( versículo 27), mas o seu grande orgulho (versículo 30) exigiu uma grande cura feita pelo Médico dos médicos (versículo 33), pois se alguém diz que a tortura teria sido cruel demais, então só Nabucodonosor é que tem o direito de se queixar, mas ei-lo dando glória a Deus (versículo 37). Devemos estar prontos a ver no sofrimento a oportunidade de Deus nos guiar pela sua mão até os céus.”
Sem dúvida, é muito inusitada e até estranha a maneira como Deus trabalhou com o rei, e o resultado magnífico dessa intervenção. Pois ao ser advertido não calou em seu coração o toque divino, ele teve que passar por uma dura prova para entender a Deus e glorificá-lo. Que tipo de loucura foi essa? Alguns dizem que foi Licantropia, algo parecido com o comportamento de um lobo. Mas a bíblia fala no versículo 25 “...dar-te-ão a comer ervas como os bois...” e no versículo 33 “...que lhe cresceram cabelos como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves...”. Obviamente que não se conhece na literatura nada parecido com essa loucura.    
            Independente da pessoa se encontrar em um estado como o citado acima, ela encontra-se doente da alma (coração) e da mente (nous) quando ainda não nasceu de novo. Está, na verdade, morto; morto espiritualmente. O texto de Jesus é claro “Jesus respondeu: na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.”[42]  Logo que uma dessas áreas mais diretamente afetada pelas astutas ciladas do inimigo, a outra também padecerá como resposta fisiológica e o corpo indubitavelmente sofrerá. Seria necessário saber qual delas regula a cascata que desarmoniza a integridade psicossomática do homem. Mas não entendo que uma predomine sobre a outra. Segundo o texto de Efésios 4:17-18, o raciocínio lógico nos traz a resposta de onde nasce a enfermidade interior; começa no coração. É ele que é corrompido primeiro. Jesus falou que “...o que sai da boca é o que contamina o homem” [43] e “...do que há em abundância no coração, disso fala a boca”.[44] É o coração que é corrupto e não a mente.
Para curá-lo, sessões de psicanálise e auto-regressão não irão ajudar, a não ser reconhecer que é ainda mais incapaz de mudar a sua pobre condição humana. A análise, sim, deve e tem que servir de ajuda para levar o doente (paciente) a conhecer a sua condição, encaminhá-lo ao arrependimento e a aceitação do Senhor Jesus Cristo. Davi escreve assim: “Eis que desejas que a verdade esteja no íntimo; faze-me, pois, conhecer a sabedoria no secreto da minha alma.”[45]
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.”[46] A essa divisão provocada pela palavra de Deus em nós, denomino de Estado Dissociativo.
            A mente pode ficar analgesiada quando o coração é réprobo. E uma mente amortecida pode ser incisada e alterada, com prognóstico sombrio, e nenhuma perspectiva de, por si só, ser reparada.
A mente humana é como um pára-quedas que não serve para nada quando está fechada. E, segundo Jessie Penn-Lewis, “se o espírito estiver fechado, é porque a mente está fechada”.
            Portanto, a falência da essência humana é veraz e se ela não for tratada sob a luz de Jesus Cristo, o homem continuará doentio. A busca do conhecimento humano, não aceitando intrinsecamente a sua falibilidade, será incessante. Anos serão dispensados sem qualquer retorno. Ao passo que a psicoterapia dada gratuitamente pelo mestre da Galiléia traz paz e vida eterna, pois ele diz: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.”[47] Parece que por orgulho preferimos outras palavras: “contudo não quereis vir a mim para terdes vida”. [48]
            Que a sua mente se abra para a luz de Deus e que o seu coração possa se abrir para conhecer a Jesus Cristo, a fim de que o seu interior seja curado, pois pelas suas pisaduras somos sarados a cada novo dia.  

Bibliografia
CHALMERS, A.F. O que é ciência afinal? 1990.
DUARTE, M.H.B.; DUARTE, J.B. Noções de Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1966.
GONÇALVES, A.C. Concordância Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: Soc. Bíb. Brasil, 1975.
HODGES, A.G. Jesus: an interview across time. New York: Bantam Books, 1986.
FREUD, E.L.; MENG, H. Cartas entre Freud & Pfister (1909 a 1939). Curitiba: Ultimato, 1998. 200p. 


§ Pós-doutorado em CTBMF pela BUMC, Dallas – EUA, Doutor em CTBMF pela PUCRS,  Artigo escrito em 1999.

[1] Provérbios 1:7
[2] Provérbios 2:6
[3] Provérbios 3:5-8
[4] Salmo 139:2
[5] Apenas aqui e nessa linha de pensamento, omiti propositalmente o exterior (soma), pois creio que as doenças somática sejam um reflexo da agonia interna vivida nos mais diferentes tipos de auto-flagelo.
[6] João 16:8
[7] Provérbios 1:7
[8] Salmo 14:1
[9] Salmo 119:105
[10] Salmo 131:1
[11] Salmo 128:2-4
[12]  Lamentações 3:39
[13] 1 João 5:4
[14] Cartas entre Freud & Pfister (1909-1939)
[15] Mateus 12:34-35
[16] Salmo 4:4
[17] Gênesis 41:16
[18] Provérbios 4:23
[19] Jeremias 17:9
[20] Mateus 15:18-19
[21] Marcos 11:23
[22] Salmo 104:2
[23] João 8:12
[24] Salmo 36:9
[25] 2 Coríntios 4:4
[26] Salmo 139:23,24
[27] Salmo 26:2
[28] Êxodo 15:26
[29] João 3:7
[30] 2 Coríntios 5:17
[31] Jeremias 17:7
[32] Lucas 19:8
[33] João 4:24a
[34] Ênfase do autor.
[35] Romanos 12:2
[36] Romanos 1:28; 2 Timóteo 3:8; Efésios 4:17; Colossenses 2:18; Tito1:15
[37] Ênfase do autor.

[38] Salmor 51:5

[39] Romanos 12:2

[40]  João 8:12
[41] João 1:9

[42] João 3:5-7
[43] Mateus 15:11
[44] Mateus 12:34
[45] Salmo 51:6
[46] Hebreus 4:12
[47] João 10:10
[48] João 5:40

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