Sim, isso mesmo, Jesus Cristo morreu pregado e extenuado em uma madeira em forma de cruz!
O ser
humano já inventou muitos métodos cruéis para matar alguém, mas um dos mais
terríveis, para que a morte acontecesse gradualmente, era a crucificação.
Nesse
método de condenação à morte, a pessoa poderia ser pregada pelas mãos (braços
ficariam fortemente amarrados até gerar falta da circulação sanguínea nas
extremidades) ou punhos e pelos pés para ajudar na sustentação do corpo, mas
que provocava ao mesmo tempo extenuação muscular, pois os membros inferiores
não poderiam ser movidos para aliviar as contrações excruciantes da presença do
ácido lático nesses tecidos, contraturas essas que chamamos de cãibras.
Mas ao
mesmo tempo ser pregado pelos pés 'aliviava' a dor insuportável de ficar
pendurado pelos braços estendidos e a analose da musculatura da caixa torácica.
Assim sendo, os pés pregados serviam de apoio para aliviar essa dor e, de
certa forma, ajudar na respiração.
Porém,
aqueles que executavam o ato da crucificação adoravam ver o sofrimento e
saber até aonde era possível o ser humano suportar. Para esse fim, quebravam as
pernas dos crucificados, pois além da horrível dor das fraturas (e tendo eu já
fraturado a tíbia jogando futebol, sei dessa sensação excruciante), o
sentenciado de forma dividida teria que escolher entre a dor nos membros superiores (braços) estirados e cansaço muscular para respirar adequadamente ou a dor nas pernas que não poderiam mais
sustentar o corpo devido às fraturas. Essas quebras ósseas aceleravam o processo de morte. Sem
dúvida, morte terrível por falta de expansão do pulmão para levar oxigênio aos
tecidos do corpo humano.
Esse
colapso do pulmão (falta da sua expansão) ou dos lóbulos pulmonares que era
inicialmente parcial, mas em seguida passava a ser total, chama-se atelectasia
(a quantidade de tecido pulmonar envolvido na atelectasia é variável,
dependendo da causa). Na atelectasia os pequenos sacos pulmonares se esvaziam e
não são mais cheios por oxigênio, assim sendo, a troca gasosa entre o ar rico
em gás carbônico (sangue venoso) trazido do corpo até os pulmões por ar rico em oxigênio para
ser novamente levado às células (respiração celular aeróbica), não mais
acontece e aos poucos morre-se por uma paralisia da musculatura torácica,
paralisia mecânica do pulmão que gera inicialmente uma hipóxia (hipoxemia -
insuficiência de oxigênio no sangue), passando depois a ser severa e logo em seguida
se torna em anoxia, ou seja, falta de oxigênio nos tecidos do corpo humano.
Nessa
síndrome do desconforto respiratório agudo pela crucificação, o execrado sentia
falta de ar devido a uma respiração rápida e superficial, sua pele poderia
ficar manchada ou azul-arroxeada devido à cianose, e os primeiros órgãos a sofrerem são
o cérebro e coração que apresentariam mau funcionamento com a progressão do
martírio.
Sim, dessa forma Jesus
Cristo foi crucificado, pois acerca dele havia sido profetizado que seria ele
"...cortado da terra dos viventes." Isaías 53:8b
O Salmo
22 é admirável, pois previu inúmeros elementos da crucificação de Jesus Cristo, o Messias, cerca
de mil anos antes dela acontecer. O Messias teria as mãos e os pés 'traspassados'
de acordo com Salmo 22:16; comparar com João 20:25. Os seus ossos não seriam
quebrados como escrito em Salmos 22:17; comparar com João 19:33. Os homens
iriam lançar sortes pela roupa do Messias como descrito em Salmo 22:18;
comparar com Mateus 27:35.
Jesus agonizava na cruz
enquanto esses processos se davam dentro do seu corpo. Lentamente ele
estertorava devido a progressiva privação do
abastecimento de oxigênio, pois por exaustão não fazia mais a respiração
pulmonar.
Ele não
sofreu a fratura dos seus membros inferiores como normalmente se esperava. E
por que não?
Primeiro,
nas palavras do Salmo 22:14, diz que os ossos do seu corpo foram desconjuntado (mas não quebrado) e
como água se derramou. Segundo, porque fora profetizado desta forma: “Preserva-lhe
todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado” (Salmo 34:20). Terceiro, e o mais maravilhoso de tudo, ele assim o
quis: "Por isto o Pai
me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira
de mim, mas eu de mim mesmo a dou." João 10:17-18a.
Eles fizeram com Cristo Jesus aquilo que nunca fizeram aos crucificados, a saber, com uma lança o traspassaram. Mas o Messias já estava morto. E eles não fizeram com Jesus Cristo aquilo que sempre faziam aos crucificados, a conhecer, não quebraram nenhum dos seus ossos!
Neste
ano de 2020, medite nesses trechos onde Jesus diz: "Como água me derramei" e "nenhum homem tira a vida de
mim, mas eu a dou". Jesus Cristo se deu por mim e por você para que
alcancemos vida eterna! Amém