Não é incomum ouvirmos no meio evangélico, principalmente durante os momentos de oração no rádio e na TV o termo "Eu abençôo ao meu irmão...", "Óh Deus, eu quero abençoar ao meu irmão...", "Eu te abençôo em nome de Jesus! Receba em nome de Jesus?", mas depois despede aquela pessoa de mãos vazias ou de barriga vazia. O que essas palavras de bênção realmente querem dizer?
A palavra bênção surge no hebraico e quer dizer "o amor leal de Deus e Sua bondade", expressos na palavra "chessed".
Mais tarde, no latim, benedictione, que quer dizer bendição ou bendizer, a palavra bênção recebeu uma conotação totalmente disvirtuada da original, podendo ter dado origem à forma sincrética que os evangélicos usam como citado acima. Dentro desse contexto latino-romano (inclusive impulsionado pelo catolocismo romano) crê-se que as palavras de bênçãos contribuem para a paz, alegria e saúde. Chega-se a dizer que a bênção é bem-aventurança, uma felicidade, sendo que ter uma vida abençoada é ter paz, uma família ajustada, que usufrui da direção e prosperidade de Deus. O conceito torna-se vago e confuso, transferindo a verdadeira bênção divina, para palavras ditas por homens finitos que somos.
Derivando ainda, podemos afirmar que existem duas formas distintas de bênçãos: uma material, humana, e outra espiritual, divina.
No Velho Testamento a bênção também referia-se ao bem-estar terreno, poder, a uma segurança, riqueza ou descendência. Fora o caráter material, trocado entre parentes e/ou amigos, a bênção de Deus estava expressamente condicionada à obediência aos seus mandamentos, conforme está escrito em Deuteronômio 11:26-28: "Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes."
Para Israel, o povo terreno de Deus, são prometidas bênçãos terrenas, conforme citaremos mais adiante nas bênçãos de Jacó aos seus filhos.
Vemos biblicamente, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, que para podermos abençoar alguém, temos que ter algo para dar como bênção a essa pessoa. Pedir que Deus apenas faça a parte dEle abençoando aquela pobre alma que está buscando auxílio, é uma atitude de alívio da consciência, e não expressão de amor que Jesus nos ensina com a parábola do bom samaritano, e está longe de ser o padrão solicitado por Deus para que todos nós sigamos. Espiritualmente, só podemos repartir o que diz respeito à benção da vida eterna aos que não conhecem Jesus.
No meio evangélico dizer "eu abençôo..." virou uma espécie de palavra mágica (igual aquelas abracadabra) como que para "liberar" uma energia espiritual positiva a qual Deus tem que honrar, pois foi o "ungido" que "liberou" a bênção.
A palavra bênção surge no hebraico e quer dizer "o amor leal de Deus e Sua bondade", expressos na palavra "chessed".
Mais tarde, no latim, benedictione, que quer dizer bendição ou bendizer, a palavra bênção recebeu uma conotação totalmente disvirtuada da original, podendo ter dado origem à forma sincrética que os evangélicos usam como citado acima. Dentro desse contexto latino-romano (inclusive impulsionado pelo catolocismo romano) crê-se que as palavras de bênçãos contribuem para a paz, alegria e saúde. Chega-se a dizer que a bênção é bem-aventurança, uma felicidade, sendo que ter uma vida abençoada é ter paz, uma família ajustada, que usufrui da direção e prosperidade de Deus. O conceito torna-se vago e confuso, transferindo a verdadeira bênção divina, para palavras ditas por homens finitos que somos.
Derivando ainda, podemos afirmar que existem duas formas distintas de bênçãos: uma material, humana, e outra espiritual, divina.
No Velho Testamento a bênção também referia-se ao bem-estar terreno, poder, a uma segurança, riqueza ou descendência. Fora o caráter material, trocado entre parentes e/ou amigos, a bênção de Deus estava expressamente condicionada à obediência aos seus mandamentos, conforme está escrito em Deuteronômio 11:26-28: "Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes."
Para Israel, o povo terreno de Deus, são prometidas bênçãos terrenas, conforme citaremos mais adiante nas bênçãos de Jacó aos seus filhos.
Vemos biblicamente, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, que para podermos abençoar alguém, temos que ter algo para dar como bênção a essa pessoa. Pedir que Deus apenas faça a parte dEle abençoando aquela pobre alma que está buscando auxílio, é uma atitude de alívio da consciência, e não expressão de amor que Jesus nos ensina com a parábola do bom samaritano, e está longe de ser o padrão solicitado por Deus para que todos nós sigamos. Espiritualmente, só podemos repartir o que diz respeito à benção da vida eterna aos que não conhecem Jesus.
No meio evangélico dizer "eu abençôo..." virou uma espécie de palavra mágica (igual aquelas abracadabra) como que para "liberar" uma energia espiritual positiva a qual Deus tem que honrar, pois foi o "ungido" que "liberou" a bênção.
Amados, é Deus que tem bênçãos espirituais para dar aos seus. Nosso irmão Tiago disse: "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes." (Tiago 1:17a) É "A bênção do SENHOR é que enriquece." (Provérbios 10:22)
Portanto, não há nada de mágico no uso dessa expressão. Precisamos entendê-la bem para saber como usá-lo de forma a realmente abençoar ao próximo.
Vamos ler Gênesis 33:11 "Toma, peço-te, a minha bênção, que te foi trazida; porque Deus graciosamente ma tem dado, e porque tenho de tudo. E instou com ele, até que a tomou."
Veja que essa conversa é entre dois irmãos, Jacó e Esaú. Esaú estava indo ao encontro de seu irmão Jacó depois de muitos anos que não o via. Isso datava desde o dia em que Jacó enganara a seu irmão e por isso fugira com a ajuda da mãe.
Jacó, com muito medo do seu irmão, separa tudo o que tinha em cinco grupos para dar a Esaú. Será que essa tinha sido uma maneira de agir aprendida com seu pai Isaque que aprendeu de Abraão ou ele estava apenas pensando em se safar vivo?
Abraão, que ainda se chamava Abrão, ouvira direto do próprio Deus: "e tu serás uma bênção." (Gênesis 12:2). Algumas traduções citam assim: "sê tu uma bênção".
Para que Abraão pudesse ser uma bênção a alguém ele teria que aprender a dar de si mesmo aos outros, ser generoso e confiar em Deus que tudo lhe supriria na caminhada rumo a terra que lhe estava proposta. A promessa era a vida eterna, uma benção espiritual, já nos lombos de Abraão. Que mistério maravilhoso é esse que nos foi revelado!
Alguém pode reclamar dizendo que Jacó não deu nada de si ou bens, mas apenas disse palavras de bênçãos sobre seus filhos e netos (filhos de José do Egito - seu 11o. filho) e por isso devemos fazer igual. Não, isso não é verdade. Jacó foi usado de forma poderosa por Deus naqueles últimos momentos da sua vida para predizer o futuro.
A bênção que Jacó pronunciou sobre seus filhos em Gênesis, capítulos 48 e 49, tem um caráter completamente diferente, pois foram palavras proféticas que diziam: "...anuncia-vos-ei o que vos há de acontecer nos derradeiros dias." O entendimento da forma como Deus trabalha no passado, presente e futuro é impossível ser desvendado pelo ser humano. Deus é Deus e Ele está no controle de tudo. Só a Ele cabe o entendimento de todas as coisas.
Outro exemplo do Velho Testamento foi a petição de Acsa, filha de Calebe "E ela disse: Dá-me uma bênção; pois me deste terra seca, dá-me também fontes de águas. Então lhe deu as fontes superiores e as fontes inferiores." (Josué 15:19) Calebe abençou sua filha Acsa literalmente ofertando algo para ela, dando-lhes os poços que lhe pertenciam.
A bênção para a Igreja de Jesus, o povo celestial de Deus, tem uma conotação celestial correspondente: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Efésios 1:3). A bênção de Deus – "Deus conosco" – tornou-se verdade em um homem chamado Jesus Cristo. Veja que o contexto original do hebraico não muda. Assim sendo, podemos aplicar a concepção de bênção como sendo a manifestação de Deus em uma pessoa para atraí-la à comunhão com Ele.
Certamente isso implicará na verdade de que a bênção de Deus nem sempre é o que desejamos, mas aos olhos do Pai eterno trata-se do que é bom para nós. Por isso a verdade bíblica que para mim é mais do que poderosa: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Romanos 8:28).
De acordo com o padrão de Cristo, abençoamos as pessoas hoje quando realmente dividimos nosso pão com o esfomeado, damos nossas roupas para os desnudos, ofertamos um copo d'água para quem tem sede. Mas muito do que isso, quando anunciamos a verdade de Jesus Cristo aos que não o conhecem, didivindo a bênção de Deus, predita em Abraão, que que hoje está sobre nós, que é a vida eterna dada gratuitamente por Cristo Jesus. Essa bênção é dEle e não nossa. Por esse motivo a Palavra afirma que "A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção." (Salmo 3:1).
Que a verdade da Palavra de Deus, do Seu amor, Seu cuidado, Sua bênção seja sobre você. Agora, de hoje em diante, como você empregará esse termo?
É isso aí. Fique na "bênção de Deus".
Escrito e publicado aqui por Éber Stevão