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sexta-feira, 2 de abril de 2021

JAHDAI, MEMORIES WHICH TOOK ME INTO TEARS - BY GILBERTO STEVAO

Jahdai, memories which took me into tears - by Gilberto Stevao

Curitiba, Brazil June 4, 2011

Precisely in 1958, 63 years ago, I became a missionary in an island called "Ilha dos Marinheiros" (Sailors' Island). I bought a small catboat to make the crossing from the mainland to the island. Catboat is a small vessel that has a keel and not a flat bottom like sailing boats. A board perpendicular from the outside, at the bottom of the boat, gives it a greater security.

I prayed to the Lord that he would give me a name for that catboat. I prayed that it would be guarded by the Lord in my crossings by the sea. Crossing that arm of the sea, going from the mainland to the island and from the island to the mainland, with such a small vessel, was often not easy. Then the Lord put a name for my catboat in my heart: Jahdai, "the one who is led by the Lord".

Photo 1. Arm of the sea which led from the mainland to the Sailors' Island in the background. In the foreground the future wife to be Maria José de Lima. Catboat Jahdai and Gilberto Stevao at the stern maneuvering him.

Photo 2. Arm of the sea that led from the continent to the Sailors´ Island in the background. Catboat Jahdai and Gilberto Stevão at the stern maneuvering him.

Photo 3. Catboat Jahdai with his name painted on the starboard (boreal) of the bow, floating on the waters of the arm of the sea which led from the continent to the Sailors' Island, in the background.

The many fights against the sea waves between Rio Grande (city) and Ilha dos Marinheiros, day or night, have always been great. I crossed over furious waves. There was an occasion when, tying the kayak on my body, I swam. In one of these struggles, I made a hymn to the Lord:

Jahdai, Jahdai, he walks over the sea

My boat is small, very small at sea

My boat is Jahdai, it sails the sea

Today, as an old man, I don't remember all the lyrics, but the music I can remember. (I must have an old photo of that good old catboat somewhere...)

Jadai, I thought it was a very significant name. But I did not find among the evangelical families, one that would put this beautiful name in one of their children, expressing the wish that the child would be the one to whom the Lord directs or the one who is directed by the Lord.

Today when I read Jadai, the name of a pastor in a list of names, I praised the Lord for the life of his parents, who wished him the best that could be desired: to be led by the Lord our God! 

I could not stop my thoughts from flying through those years of a young missionary on the Sailors Island. How good those memories were for my soul! It was like, so many other memories of my youth, consecrated to the service of the Lord. I remembered my trip of three days and three nights, by sea, at Companhia Costeira de Navegação (Coastal Shipping Company), from Santos, SP to Rio Grande, RG. A long trip, for me, a young dreamer. It brought me to tears of gratitude to the Lord.

I recently learned that Ilha dos Marinheiros is a tourist place and easy to cross, as they build a bridge, based on Ilha da Pólvora (Gunpowder Island), connecting the continent to the island. It is certain that no one who visits that place today will think about the dangers that used to be a simple crossing. In the rough waves, in the dangerous crossing of the canal, in the scary winter days at sea, when the Minuano (the name of a really strong wind in South Brazil which blows during the winter) blows. That very strong wind that has been singing, whistling through the trees, pushing everyone in the city, dragging everything, raising a lot the waves of the sea.

The years have passed but not my love for the work of the Lord, in which I still serve out of mercy, not on the Ilha dos Marinheiros (Sailors' Island) anymore but in places where I have been allowed to go to serve Him and worship Him with my work.

Gilberto Stevão - A pierced ear servant.

P.S. Memories of my father when he was a very young missionary with only 20 years old in Southern Brazil. The photo was somewhere and we have found it and it is posted here for memory. "Well done my faithful servant" certainly will be spoken in his (pierced) ear, in that Day. (ELLS)

JAHDAI, RECORDAÇÕES QUE ME LEVARAM ÀS LÁGRIMAS - POR GILBERTO STEVÃO

 Jahdai, recordações que me levaram às lágrimas.

Curitiba, 04 de junho de 2011. Para os alunos do 5° ao 9° ano fundamental.

Precisamente em mil novecentos e cinquenta e oito, há 63 anos, me tornei um missionário na Ilha dos Marinheiros. Comprei um pequeno caíque para fazer a travessia para o continente. Caíque é uma pequena embarcação que tem quilha e não o fundo chato como os barcos à vela. Uma tábua perpendicular de fora a fora, no fundo do barco, dá-lhe maior segurança.

Orei ao Senhor para que me desse um nome para aquele caíque. Orava para que fosse guardado pelo Senhor em minhas travessias pelo mar. Atravessar aquele braço de mar, indo do continente para a ilha e da ilha para o continente, com uma tão pequena embarcação, muitas vezes, não era nada fácil. Então o Senhor colocou em meu coração um nome para meu caíque: Jahdai, aquele que é dirigido pelo Senhor.

Foto 1. Braço de mar que levava do continente até a Ilha dos Marinheiros, ao fundo. No primeiro plano a futura esposa Maria José de Lima. Caíque Jahdai e Gilberto Stevão à popa o manobrando.

Foto 2. Braço de mar que levava do continente até a Ilha dos Marinheiros, ao fundo. Caíque Jahdai e Gilberto Stevão à popa o manobrando.


Foto 3. Caíque Jahdai, seu nome pintado à estibordo (boroeste) da proa, flutuando sobre as águas do braço de mar que levava do continente até a Ilha dos Marinheiros, ao fundo.

As muitas lutas contra as ondas mar entre Rio Grande e a Ilha dos Marinheiros, de dia ou a noite, sempre foram grandes. Atravessei sobre ondas furiosas. Houve ocasião que, amarrando o caíque em meu corpo, atravessei a nado. Numa destas lutas, fiz um hino ao Senhor:

Jahdai, Jahdai, ele singra o mar.

Meu barco é pequeno, bem pequeno no mar,

Meu barco é Jahdai, ele singra o mar.

Hoje, já velho não me lembro de toda a letra, mas da música até consigo lembrar-me. (Eu devo ter uma foto antiga daquele bom caíque...)

Jadai, achei que era um nome bastante significativo. Mas não encontrei entre as famílias evangélicas, alguma que colocasse em um de seus filhos este tão lindo nome, expressando o desejo que aquela criança fosse aquela a quem o Senhor dirige ou aquele que é dirigido pelo Senhor.

Hoje quando li Jadai, o nome de um pastor numa relação de nomes, louvei ao Senhor pela vida dos pais dele, que lhe desejou o melhor que se pode desejar: ser dirigido pelo Senhor nosso Deus! Não pude impedir que meus pensamentos voassem por aqueles idos anos de um jovem missionário na Ilha dos Marinheiros. Como aquelas lembranças fizeram bem a minha alma! Foi como, tantas outras recordações de minha juventude, consagrada ao serviço do Senhor. Lembrei de minha viagem de três dias e três noites, pelo mar, na Companhia Costeira de Navegação, de Santos-SP a Rio Grande-RG. Uma viagem longa, para mim, um jovem sonhador. Isso me levou às lágrimas de gratidão.

Soube recentemente que a Ilha dos Marinheiros é um lugar turístico e de fácil travessia, pois fizerem uma ponte, com base na Ilha da Pólvora, ligando o continente à Ilha. É certo que ninguém que for lá hoje, pensará nos perigos que havia antigamente numa simples travessia. Nas ondas encapeladas, na travessia perigosa do canal, nos assustadores dias de inverno no mar, quando sopra o Minuano. Aquele vento fortíssimo que vem cantando, assobiando pelas árvores, empurrando a todos na cidade, arrastando tudo, elevando, em muito, as ondas do mar.

Os anos passaram, mas não o meu amor ao trabalho do Senhor, no qual ainda por misericórdia continuo servindo, não na Ilha dos Marinheiros, mas em lugares onde tem me permitido ir para servi-Lo e adorá-Lo, com meu trabalho.

Gilberto Stevão - Um servo de orelha furada.

P.S.: Memória do meu pai quando ele era um missionário ainda muito jovem, 20 anos de idade, na Ilha dos Marinheiros no Rio Grande do Sul. A foto perdida em algum lugar foi encontrado e está postada aqui para memória. "Muito bem servo bom e fiel..." certamente será dito à sua orelha furada. (ELLS) 

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