"Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo." 2 Coríntios 11:3
Meus filhos estudam em uma escola que se denomina Cristã, chamada escola Grace, porém semana passada recebi um comunicado da professora pedindo que os pais ajudassem seus filhos usando o gênero textual "Conto de Fadas". Obviamente que sendo um especialista em didática do ensino, compreendo que existe a "boa" intenção de utilizar este método como um recurso psicopedagógico de ensino ou, quem sabe, até filopedagógico. Diz o ditado: "De boa intenção o inferno está cheio!"
Tive que explicar para o meu filho de 8 anos de idade, usando palavras que se encaixam no seu entendimento, que sendo crentes em Jesus, não usamos fadas, duendes, magias ou qualquer ser que venha desse mundo abstrato (alegórico/fantasioso) para aprender alguma lição na escola, pois pertencemos a Cristo e Ele não tem nenhuma comunhão com o reino das trevas e das magias! Jesus Cristo não é um mágico e não vive no circo!
Radical, fundamentalista, fanático!? Não me importo com a classificação, pois Deus colocou sob minha incumbência proteger espiritualmente meus filhos! Certamente que essa luta não é contra carne (escola, professores, conceitos, autores, etc.), mas contra as potestades espirituais que se estão nos lugares celestiais, nas igrejas, e, sem dúvida, nas escolas, mesmo às cristãs.
Perguntei para várias pessoas cristãs, em que livro da Palavra de Deus, se enquadra o uso de "fadas" para ensinar crianças cristãs, em uma escola cristã, algum assunto ou tema que esteja sendo trabalhado com elas. Algumas respostas me impressionaram, revelando que parece ser possível até mesmo criticar a Bíblia, só não pode criticar autores cristãos. Quem sabe esses escritores devam ser louvados e sejam maiores do que Jesus Cristo, pois seus conhecimentos vão muito além e são plenamente aplicáveis no hoje; não sei! Não tive essa revelação ainda e nem quero tê-la! Quem quiser, que com ela conviva, pois me parece realmente vir do "além"!
Quem sabe usar parábolas, como fez Jesus Cristo para ensinar, seja uma técnica ultrapassada. Agora existe um formato muito melhor dentro do gênero "Conto de Fadas". Quem sabe as igrejas devam começar a pregar usando essa técnica também. Vai que pode ser mais eficaz! Zombem da maneira que quiserem. Zombem como fizeram os soldados um pouco antes da crucificação de Jesus Cristo. Zombem como fez o ladrão na cruz ao seu lado, porém saibam que o dia do Senhor em breve chegará; dia de trevas e escuridão, como nos avisou o profeta Joel!
Acho bem curioso, porque se conhecimento humano me impressionasse, entre os mais de 1000 (um mil) autores/pensadores que li e citei em meus trabalhos de conclusão das minhas duas especialidades, hoje eu deveria ser um ateu! O conhecimento humano só me convence de uma coisa, que somos miseráveis e dependemos totalmente da misericórdia e graça de Deus, porque se ficarmos à solta, "psicografamos cristologicamente" o que o diabo sussurra aos nossos ouvidos humanos.
Que todo conhecimento humano seja anátema e que toda a Palavra de Jesus Cristo seja sempre verdadeira e exaltada! Amém
Tudo o que chega à nossa mente e que tem uma natureza rebelde daquilo que foi aprendido e apreendido à Palavra de Deus, tentando se apoiar de forma lógica e justificada contra o que Deus diz, seja anátema. Por isso o apóstolo Paulo em Efésios 6:17 nos alerta a tomarmos e vestirmos o capacete da salvação que é um aparato de guerra usado para derrubar raciocínios que se levantam contra o conhecimento de Deus e todo o pensamento que não se dobra à obediência de Cristo, como está escrito em 2 Coríntios 10:4-5.
Buscando a Deus em jejuns e orações acerca desse assunto, o Espírito Santo foi me revelando o que existe por trás da religiosidade e da mentira embutida na afirmação "tudo o que foi escrito por 'supostos' evangélicos é bom, pode se apoiar neles". Cuidado, é aí que o engano se esconde, ou melhor, o diabo.
O diabo usou e continua usando muitos, dezenas e porque não dizer centenas, de cristãos orgulhosos para escreverem as locubrações engendradas nas suas próprias mentes arrogantes, suas vãs obstinadas filosofias, pedagogias e psicologias, calcadas em invenções/imaginações humanistas, supostamente reveladas pelo Espírito divino, com uma roupagem "cristã", porém que foram sopradas ao vento por aquele inimigo nosso. Escritas essas que falam, intrinsica e implicitamente, contra Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo. Lembre-se dessas palavras do apóstolo Paulo: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te." 2 Timóteo 3:1-5
As crianças são intensa e diariamente atacadas espiritualmente por demônios. É nessa crítica fase das nossas vidas que o inimigo das nossas almas investe todo seu tempo e esforço para cativar e "magicamente" envolver. Como disse um amigo pastor: "I am not sure what or why your son´s school is using fairy tales to teach but I do know as you discuss these teachings with them your influence in their lives via prayer and love will overcome any and every falsehood rising against the true Gospel of Jesus Christ.". E eu digo amém e amém.
O primeiro texto bíblico que o Espírito Santo me guiou foi escrito pelo apóstolo Pedro diz assim: "Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade."2 Pedro 1:16
Se você é realmente comprometido com o Senhor Jesus Cristo, guiado na sua mente pelo força do Espírito Santo sobre o seu espírito, páre e medite nesse texto acima.
Não siga adiante nessa leitura, se você não estiver totalmente convencido de que a Palavra de Deus deve ser nosso guia, norte, protetor de nossa mente. De que a Palavra de Deus é viva, eficaz e capaz de nos ensinar tudo o que precisamos, sem tem qualquer necessidade de buscarmos "lixos pedagógicos" fora dela.
William Barclay, que fez um comentário sobre a segunda carta de Pedro, buscando o contexto no original do grego, relativo ao capítulo primeiro e versículo 16, acima citado, ele escreve assim: "No versículo 16 desta
passagem há uma palavra muito interessante. Diz o apóstolo: fomos testemunhas
oculares de sua majestade. A palavra que emprega para expressar a ideia ser
testemunha ocular é epoptes. Segundo o uso do idioma grego na época de Pedro, este
era um vocábulo técnico. Já referimos às religiões de mistérios. Todas elas
eram de natureza semelhante a dramas da paixão nas quais se relatava a história
de um deus que tinha vivido, sofrido, morto e ressuscitado para nunca mais
voltar a morrer. Somente depois de um prolongado curso de instrução e
preparação concedia-se a um adorador presenciar a representação de um destes
dramas e ter a oportunidade de identificar-se assim com o deus que morreu e
ressuscitou. Quando alcançava a condição de ser admitido a uma destas
representações era considerado um iniciado. A palavra técnica para descrever
tal condição era epoptes, quer dizer: estava preparado para desfrutar do
privilégio de ser testemunha ocular das experiências do deus. De maneira, pois,
que Pedro diz que o cristão é testemunha dos sofrimentos de Cristo. Com os
olhos da fé o cristão vê a cruz; na experiência da fé morre com Cristo para o
pecado e ressuscita para a justiça. Sua fé o tem feito um com Jesus Cristo em
sua morte e em sua ressurreição."
Todo a vez que alguém, seja cristão ou não, vai para a área do oculto, do misterioso (entenda que o Espírito Santo nunca nos levará para essa área, pois tudo o que está em Jesus Cristo está revelado na sua Palavra, e o seu Espírito só pode nos guiar a toda verdade escrita), ele está em areia movediça.
Não interessa se essa pessoa, mesmo sendo cristã, esteja usando de um conhecimento humano para usar de persuasão e de uma forma "sorrateira" tentar revelar a Jesus Cristo aos que não O conhecem. Jesus Cristo se revela claramente através da sua Palavra. Ele não é do reino dos contos, da escuridão, não surge vindo de um armário, muito menos reside no mundo das fadas.
Veja o que Meghan O'Roarke (2005) escreve acerca de C.S. Lewis, que no meio cristão é considerado como um dos maiores "fabulistas".
"Primeiro, o cristianismo de Lewis sempre foi de um tipo muito estranho. Como Adam Gopnik apontou em uma nota do New Yorker (http://www.newyorker.com/critics/atlarge/articles/051121crat_atlarge), parece ter se desenvolvido a partir de uma adoração pessoal à mitologia nórdica e de Lewis Carroll. Nascido em Belfast em 1898, Lewis teve desde seus mais tenros anos, teve um caso de amor com a mitologia e animais imaginários - uma forma de constância ao longo do que provou ser uma infância difícil. Ele escreveu histórias sobre um mundo de ratos em que os adultos eram as forças ameaçadoras da disciplina; sua elaborada construção desses mundos alternativos deu a ele uma sensação de 'alegria momentânea', que ele associou às grandes fantasias das lendas de Wagner e Teutonic. Quando Lewis tinha 9 anos de idade, sua mãe morreu dolorosamente de câncer. Após a morte dela, ele foi enviado para um internato na Inglaterra, onde o diretor era tão brutal com seus alunos que os pais o processaram; a experiência permanentemente alienou Lewis de seu pai e a vida lançou repentinamente as suas realidades mais duras. Anos depois, agora como um professor ateu de Oxford, ele ainda estava envolvido em seus amados mitos e lendas quando seu colega J.R.R. Tolkien o encorajou a ver os aspectos 'místicos' do mundo como de origem cristã. Mesmo depois que ele se converteu, a religião de Lewis sempre foi do tipo 'primeiro a fábula', como Gopnik coloca. Portanto, os livros de Nárnia nunca são sobre o cristianismo da maneira a qual o Inferno de Dante o é. O amor de Lewis pelos mundos fantásticos era tão essencial à concepção deles quanto a experiência da crença religiosa. De fato, esse amor foi sua experiência original de crença religiosa.
Segundo, Lewis nunca se
interessou tanto pela história - ou seja, pela trama - como um modo de
persuasão. Em um escrito seu, ele descreve sua surpresa ao perceber que,
diferentemente de seus amigos, não era o 'suspense momentâneo' de um romance de
aventura que o motivava, mas os detalhes específicos do mundo evocados pelo autor
- a atmosfera ou o que ele chamou de 'o clima que levou alguém a amar esse
livro'. E é a atmosfera dos livros de Nárnia, e não as tramas muitas vezes
estáticas e subdesenvolvidas, que me envolveram quando criança. Essa atmosfera
dificilmente é o que se poderia chamar de reverente ou caracteristicamente
cristã. Nárnia é uma terra com raízes na 'magia profunda', e sua população de
faunos e anões espertos - sem mencionar Baco e um grupo de donzelas em êxtase -
certamente horrorizaria muitos cristãos tradicionais. É difícil ver de que
maneira essas figuras, ou maravilhosos personagens de animais, como *Puddleglum,
o deprimido ser do 'pântano', contribuem para os propósitos 'alegóricos' de Nárnia.
Até Aslan, o leão magistral que é a figura explícita de Cristo na série, é
uma invenção tão radical e original quanto religiosa; ele se comunica quase sem
palavras com as crianças Pevensies, que encontram consolo enterrando as mãos em
sua crina e frequentemente vacilam enquanto olham em seus olhos terríveis. Ele
é um símbolo, com certeza, mas também é um personagem com o qual qualquer
criança agnóstica pode se relacionar - alguém que resiste à categorização pura,
como os animais de Where The Wild Things Are que 'rangem seus terríveis dentes', mas são misteriosamente atraentes.
* Tente traduzir o que significa o nome de um dos personagens de Nárnia chamado Puddleglum. Desmembre: puddle = poça, charo, atoleiro; glum = sombrio. Isso, uma criatura sombria que vive no pântano para ser um amiguinho do seu filho, da sua filha!
Veja que no texto acima é dito: "mesmo depois que ele se converteu, a religião de Lewis sempre foi do tipo 'fábula' ". Criaturas que rangem os dentes, misteriosamente atraentes... ("Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" Mateus 25:30). E isso tudo acima que você leu sobre C.S. Lewis, ele mesmo introduziu no meio cristão. Quão nojento, perspicaz e sorrateiro é o diabo!
Se vamos ensinar nossos filhos, que os ensinemos para a eternidade com Cristo Jesus, aonde estaremos e queremos que eles conosco lá estejam!
Não navegue nas águas turbulentas do oculto, nem por 1 minuto se quer, porque elas lhe tragarão!
Referências