“Ó insensatos Gálatas! Quem vos enfeitiçou para não obedecerdes à verdade… Gálatas 3:1a (ênfase minha). “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” Gálatas 3:10 (ênfases minhas).
Por que é importante falarmos sobre isso? Enquanto realizava uma cirurgia em um hospital no interior do Estado do Paraná, iniciou-se uma discussão entre os profissionais não crentes sobre o quanto as igrejas estão “ganhando” dinheiro à custa dos fiéis, para que os pastores vivam tranquilos e comam do bom e do melhor.
Obviamente que percebi a falta de entendimento, o despreparo das exposições acaloradas de alguns, a falta de visão do reino de Deus e para a pregação do evangelho, mas também sobreveio um temor no meu coração: “e se os pastores realmente estão usurpando do dinheiro que arrecadam nas suas igrejas, através dos seus, assim chamados, ‘ministérios’ ”? Agora nas igrejas passou-se a mais modernamente chamar o dízimo de “ministério da mordomia”. Sem trocadilhos e desrespeito, gostaria de saber para quem? Serei eu quem prestará contas, na presença de Cristo, daquilo que esses pastores estão arrecadando? Não. Tenho algo a ver com isso então? Não e sim. Creio que é importante ensinar a Palavra de Deus de forma pura, pois vivemos na Graça e não na Lei.
Certamente que 10% não é o eterno padrão para dar ao reino de Deus. E o que poderíamos afirmar sobre o dízimo antes da lei Mosaica? Quando Abrão retornou da batalha trazendo as pessoas e os bens, Melquisedeque, então rei de Salém, saiu com pão e vinho para pronunciar uma bênção para Abrão. Leia o texto integral em Gênesis 14:18-24. É afirmado que Abrão "deu-lhe o dízimo de tudo".
Seja um pouco racional, se vamos seguir essa atitude, que a maioria esmagadora dos pastores afirma ser um princípio bíblico chamado “dízimo”, então toda vez que entregarmos o dízimo na igreja, os pastores deverão nos esperar com pão e vinho. Ora isso é ridículo!
Em um culto de missões ouvi um missionário para o mundo árabe, que estava passando dificuldades financeiras, pois não mais estava vinculado à junta de missões, relatar que recebera um valor alto como depósito na sua conta bancária aqui no Brasil. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele dinheiro. Depois de dois dias recebeu um email de uma pessoa dizendo que estava enviando o dízimo e ofertas para ele, pois tinha sentido de Deus em fazê-lo. O missionário devolveu o dinheiro porque entendia que o dízimo não poderia ser dado para ele. Nesse culto, logo após o testemunho do irmão, o pastor da igreja concluiu a exposição do missionário dizendo que ele tinha devolvido o dinheiro porque entendia que o dízimo era para a igreja e fez corretamente, pois o dízimo pertence a Deus e Deus pede que tudo seja trazido à “casa do tesouro”. Afinal, quem está fazendo a obra? Quem deve receber o que? E por sinal, onde é mesmo a casa do tesouro?
Nossa, quanta confusão e erro! Vai ver que o irmão que fez o depósito ao invés de ter sentido de Deus em fazê-lo da forma que fizera, fora impulsionado pelo inimigo, ao invés de dar o dízimo na igreja! Ou quem sabe, Deus tocou o irmão para dar ajuda a um missionário que estava necessitando daquele auxílio financeiro, mas se enganou não “revelando’ que deveria entregar para a igreja e depois deveria lembrar o pastor acerca do missionário carente e ver se poderia ser enviado algum dinheiro para ele! Seriam esses devaneios verdadeiros? Certamente que não, mas no mínimo nos fazem pensar. Sou crente em Jesus, mas não sou ignóbil e leio a Palavra de Deus e quando o faço peço ao Espírito Santo que me revele o que ali está escrito, porque a letra é mata (II Coríntios 3:6). Às vezes penso: “Será que os pastores acham que os irmãozinhos e irmãzinhas sentadas na igreja não leem a Bíblia?
Realmente ouvir essas coisas em um banco de uma igreja, para quem não mais vive debaixo da “maldição” da Lei, fica muito difícil. Para os incautos no conhecimento da Palavra de Deus, até engole-se, mas para quem lê a Palavra Viva de Cristo, e recebe a revelação cristalina do Espírito Santo que não somos judeus, não vivemos debaixo da Lei, não temos nada a ver com qualquer forma de pensamento teológico-filosófico judaico-cristão, que é erroneamente e infelizmente pregado nas igrejas evangélicas, para agradar a Israel e seu povo, não dá! Chega. Chegou ao meu limite! Como se fosse uma crise emética, para não ser indelicado, preciso escrever e trazer para fora algumas coisas que estão paradas no meu estômago.
Deus não comandou Adão ou qualquer outro santo no Antigo Testamento para dar o dízimo até que a Lei foi dada a Moisés! E ponto final. O texto de Gênesis 14 tem seu lugar no tempo quase 2000 anos após Adão e Eva. Embora seja mencionado na Bíblia que Abrão deu um décimo, este não foi um dízimo sobre seu rendimento, estes foram os despojos de uma batalha. Leia Hebreus 7:4. E isso foi feito apenas uma única vez. Isso não é e nunca será o mesmo que o dízimo ou dizimar no contexto da palavra. Isso de maneira alguma pode ser a forma de ensinar dízimo na igreja evangélica; por favor pastores, tenham dó! Os despojos de Abrão, recuperados a partir dos reis inimigos voltaram para os devidos proprietários, ou seja, Abrão devolveu os 90% restantes em seu poder para aqueles a quem os espólios pertenciam originalmente. Abrão jamais foi ensinado nem instruído por Deus para dar um décimo. O que ele fez não foi dar o dízimo, mas uma oferta voluntária de 10%. Lembre-se, ele fez isso apenas uma vez e o dízimo não se tornou um mandamento até o tempo de Moisés. Creio que muitos pastores gostariam que Moisés tivesse dado 50%... seria uma “bença” como diz o matuto!!!
A palavra hebraica para dízimo é "ma`aser" , que traduzido quer dizer "décimo", mas o décimo não se iguala aqui ao dízimo, de forma alguma. E por que não? Porque o dízimo foi algo instituído muito depois, sob a Lei de Moisés, somente para os filhos de Israel, mais especificamente a tribo de Levi, pois não receberam herança terrena, para que ele, Israel, fosse auto-sustentável como nação.
Outra coisa totalmente ignorada é que o dízimo era raramente, ou quase nunca, dinheiro. Havia três dízimos na Antiga Aliança. Um deles era sobre as culturas, os grãos, e a produção do solo que deveriam ser dizimados; os frutos das árvores, o vinho e o óleo de cada novo ano, o primogênito de seus rebanhos e bandos, os terrenos e as suas casas (veja Levítico 27:30-33 acordo com 2 Reis 22:15-18). E não era algo que alguém escolhia fora de tudo o que possuía, a pessoa tinha que dar o melhor de tudo. Portanto, se alguém tivesse um número de parcelas de terra e ela fosse dar o dízimo, tinha de dar o melhor dos seus terrenos. Pesado? Não, Deus instituíra assim para que Israel se tornasse uma nação.
Outro era o dízimo usado para ajudar (sustentar) os Levitas (veja Números 18:21-32), que não tinham sido autorizados por Deus a possuir bens como as outras tribos de Israel. Eles não tinham possessão. Deus disse que Ele mesmo era sua possessão. Por que nenhum pastor prega que o Senhor Deus (realmente todo-poderoso) é sua única possessão? Logicamente eles apressadamente pregam que não existem mais os levitas na “casa do tesouro”. O que é correto, mas não justifica! Quem sabe alguns até diriam: “Você está é louco; ter só a Deus como possessão e não o dízimo fresquinho? Estou fora!” Comentários à parte, esse dízimo também era de 10%. Em Malaquias 1:1 lê-se assim: "Peso da Palavra do Senhor contra Israel, por intermédio de Malaquias” (ênfase do autor). O dízimo fazia parte da antiga aliança com Israel. Portanto, não se deixe enganar por aleivosos pastores, falsos mestres e enganadores. Malaquias 3, em seu contexto, é para a nação de Israel, e mais especificamente para os Levitas.
Nós os salvos pela graça em Cristo Jesus, não temos nada a ver com isso tudo. Não somos judeus! E vou escrever novamente, não somos judeus! Ou será que o apóstolo Paulo, sendo judeu, descendente da tribo de Benjamin, circuncidado ao oitavo dia, fariseu miserável que era antes de conhecer a Cristo Jesus, após sua conversão lutou em vão contra toda a Lei? (veja Gálatas 3:4). Ou Paulo se enganou?
No Novo Testamento o dízimo ou o dizimar é encontrado oito vezes (Mateus 23:23, Lucas 11:42 e 18:12, Hebreus 7:5-6, 8-9). Todas essas passagens referem-se ao seu uso no Antigo Testamento. Não há sequer uma epístola do Novo Testamento, escrita por qualquer discípulo de Jesus Cristo de Nazaré, o Mestre da Galiléia, nosso Senhor e Salvador eterno, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade e Príncipe da paz, que contenha instruções ou repreensão por não se dar o dízimo. Àqueles que defendem o dízimo no Novo Testamento, ficarei aguardando ansiosamente que me mostrem uma passagem apenas. Agora, só não vale inventar uma III carta de Paulo aos Coríntios, por exemplo.
Jamais qualquer apóstolo do Novo Testamento instruiu qualquer igreja a dizimar ou como é conhecido semear a semente em dinheiro (o que é realmente a palavra de Deus, de acordo com Jesus Cristo). Na verdade, vemos que um determinado número de pessoas ricas deram mais do que meramente 10%, como é o caso de Barnabé. A necessidade de dar é mencionada, mas apenas com a atitude certa. Deus abençoa o seu povo que quer dar com os motivos corretos.
Caso alguém posso alegar que Jesus também ensinou a se dar o dízimo, quando, em Mateus 23:23, ele ordena aos fariseus que dessem o dízimo do cominho, da hortelã e do endro, precisamos ensinar a essa pessoa corretamente o que se passou ali. Necessitamos entender que os fariseus estavam debaixo da mesma aliança Mosaica que obrigou o leproso a cumprir o ritual de Levítico 14. Vemos, então, que enquanto Jesus vivia, a Lei Mosaica estava em vigor, pois como poderíamos entender Mateus 8:4, onde o próprio Senhor Jesus ordena a apresentação de um sacrifício de animal ao que havia sido curado de lepra? É necessário que façamos isto hoje? Evidentemente que não. Jesus só defendeu a entrega dos dízimos pelos fariseus, pois Ele veio para as ovelhas perdidas da Casa de Israel e estava cumprindo toda a Lei. Mas a Igreja hoje vive na GRAÇA, conforme nos ensina Paulo.
Acreditamos que todo cristão deve dar para a igreja onde congrega, onde é alimentado na fé e pelo trabalho local que essa igreja desenvolve na sua própria comunidade. Outras ofertas poderiam ser para ministérios que você mesmo gostaria de abençoar com o sacrifício do seu trabalho. Não acredito, de forma alguma, que o Novo Testamento ensine uma lei de 10%, mas sim um livre ofertar, com alegria.
Sinceramente, diante de Deus, gostaria que parasse e pedisse orientação do Espírito Santo sobre você mesmo agora e tentasse perceber, no Espírito, a diferença entre: a graça generosa de “cada um contribua segundo propôs no seu coração , não com tristeza (ressentimento) ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é capaz de fazer toda graça abundar em sua direção que você, sempre com toda suficiência em todas as coisas, pode ter uma abundância para toda boa obra” (II Coríntios 9:7-8, ênfase minha) da execração contra Israel “com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação” (Malaquias 3:9). Quem roubava, nós? O Brasil? Não. Israel.
Já até ouvi na igreja, e diante do Senhor afirmo, pastor falando alto e dando de dedo, dizendo às ovelhas que elas estavam roubando a Deus e que se não dessem o dízimo, seriam amaldiçoadas! Está amarrado demônio! Sai diabo, satanás mentiroso! Olha, creio de todo coração que esse tipo de pastor será duramente julgado no dia do Senhor, e temo que talvez nem entre na glória. Saibam de uma coisa, pastores maus, somos abençoados pela graça de Cristo, e não é por dar, não dar, dar pouco ou dar muito. Somos todos desgraçados, miseráveis e a nossa justiça é como “trapo de imundície” (veja Isaías 64:6). E para quem não sabe o que esse termo aspado significa, ele quer dizer “os panos que as mulheres, na época de Isaías, usavam para conter o seu fluxo menstrual, o que hoje chamamos de absorvente feminino. Choca? Então vai pensando no restante ainda a ser dito aqui. Estou com raiva? De forma alguma, pois sei que a ira é um fruto da carne e julgo ter o Espírito Santo de Deus renovando minha mente a cada dia e deixo o exercício da justiça para Deus, como bem aprendi de Paulo em Romanos 12:19-21. Só não vou é me calar!
Embora 10% de algo que se tenha para dar, seja um bom lugar para começar, não é um número obrigatório quando examinado sob a luz do Novo Pacto, da Nova Aliança melhor, do ministério mais excelente. Alguns podem dar mais, muito mais, outros não. Outros podem até mesmo dar quase nada, mas é com amor, e isso é o que importa. Amor; óh meu Jesus Cristo amado, quando vamos aprender? Quem julgará os corações é Deus, somente Ele. Saibam disso pastores, guardas dos muros, muitos dos quais “espancam, ferem e tiram o manto da igreja de Cristo Jesus” (veja Cantares de Salomão 5:7).
Quem dá o dízimo acuado para reprender o devorador e aceita as palavras dos religiosos - que não são em nada diferente aos hipócritas e raça de víboras que Jesus se referiu - estão debaixo da maldição do Velho Testamento - conforme assim afirmado por Paulo em Gálatas 3:13 - e pela Lei serão julgados no último dia.
Ao olhar para todos os versículos sobre esse assunto, vemos que o dízimo foi incorporado somente na Lei de Moisés, para o povo de Israel e para a tribo dos Levitas. Mas não, de forma alguma, para a igreja. E não confunda, igreja professante (igreja CNPJ) que está aí, com a invisível e não conspurcada Igreja de Cristo Jesus; a Noiva do Senhor!
No texto de II Coríntios 9:7-8 citado acima, o apóstolo Paulo explica como o dinheiro deveria ser dado e recebido - como Deus tem feito prosperar, coletivamente, de bom grado, generosamente, abundantemente, liberalmente, felizmente - não por obrigação, como se debaixo de uma lei, para ter o direito de ganhar uma benção ou uma promessa de ser próspero. Quem procura prosperidade no dar, está servindo a Mamom e não a Deus! Tem a visão turva, corrompida e mundana; terrestre e maligna e tem sua mente cega pelo deus deste presente século! Só para lembrar gostaria de citar nosso amado irmão Pedro: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois...” (1 Pedro 2:11). Ou alguém está imaginando que vai levar algo desse mundo para apresentar ao Senhor Jesus no último dia o que coletou aqui?
O Novo Testamento nos comanda dar sim, como visto acima, mas note que NÃO existe nenhuma quantia mencionada, mas aquilo que se for proposto em cada coração. A palavra grega para alegre é hilaros e no Português a palavra "hilário" dá um sentido ao texto de se “dar de forma alegre e exuberante”. Deveríamos estar felizes e alegres quando fossemos dar algo para expandir o reino de Deus. Ficarmos contentes com a propagação do evangelho de Cristo, pelo qual também somos salvos. Somos especificamente orientados para não dar com mesquinhez. Se assim formos fazer, é mais bem nada darmos. A palavra grega para mesquinhez é lupe . Ela traz embutido o significado de tristeza e dor, quando estamos sendo molestados por algo. Não agüento mais ver crente de cara fechada na hora do ofertar! Liberte-nos, por favor, Jesus Cristo do peso da Lei! Abre nossos olhos!
Se você é obrigado a dar, ou dar com tristeza e aborrecimento no seu coração, então não dê. Se alguém tiver convencido ou forçado você a dar, fazendo com que você se sinta culpado ou, pior ainda, prometer-lhe um maior retorno, então você já não será mais um doador alegre. Isso é sério! Também não se valha em sempre dizer: “não irei dar nada porque isso vai me deixar irritado”. Isso não, pois Deus é justo juiz e sonda os rins e os corações (veja Apocalipse 2:23). Lembre-se sempre disso.
Também, em II Coríntios 9:6 é dito “não por necessidade”, ou seja, que esse ato não deva ser pela Lei ou que ela deva ser trazida à tona para justificar a ação, pois em Gálatas 5:4 somos advertidos que: “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído” (ênfase minha). É muito forte isso! Sempre que ouvir do púlpito pelo seu líder espiritual: “irmão, irmã se você não tem dinheiro e precisa, dê para Deus mesmo assim o que tem e Ele lhe dará em dobro”. Que isso seja anátema! Quem ousa falar e prometer em nome de Deus? Caia fora! Saia do meio deles. Saia da Babilônia, que leva cativa todos aqueles que desconhecem a Palavra de Deus.
Nós somos financeiramente constrangidos somente por Deus que nos dá todas as coisas. A Lei exige um percentual (10%), mas a Graça pede para dar conforme seu coração. Na verdade, devemos dar tudo, 100% do que temos e do que somos. Todos devem apoiar o trabalho da sua igreja local ou ministérios, de alguma forma ou outra, sejam pelas suas funções, pelo seu dinheiro, pelos seus dons ou talentos que têm, dando cestas básicas, roupas, etc. "Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna" (veja I Timóteo 6:18-19). Sinceramente, quando leio esse texto de Paulo ensinando a seu filho na fé, Timóteo, todo o ranso de religiosidade, hipocrisia e teologia barata cai por terra e sinto PAZ! Estranhamente, seria por que a graça nos liberta? Deixo em aberto para o Espírito Santo falar com você.
Os textos de II Coríntios 8:9 e I Coríntios 16:1-4 afirmam que um cristão deve avaliar as necessidades do outro e dar a ele aquilo que é capaz de ofertar. No livro de Atos, e ele só foi escrito porque os discípulos atuaram; eles venderam os seus bens para suprir os necessitados na igreja, pela prática da “lei do amor”, carregando os fardos uns dos outros. Nós não devemos nos sentir culpados, sermos coagidos pela promessa de ter que dar. Somos livres, fazemos o que fazemos e damos o que damos por amor a Jesus Cristo e pelo próximo. Seria verdade dizer que para os crentes é mais fácil seguir a Lei do que amar ao próximo em necessidade? Agora, de forma alguma deveremos sustentar e suportar falsos mestres da Palavra de Deus, apoiando aqueles que abusam do dinheiro e do evangelho para lucro próprio ou institucional. Não adianta construir templos; vai ficar tudo! Porque aquilo que você semeia também colherá e certamente você se tornará participante das falsas doutrinas desses falsos pastores.
Se o dízimo, da forma que as igrejas têm pregado, é uma instituição dada por Deus, devemos, nós os salvos pela graça, começar também a nos circuncidarmos para obedecermos a Lei integralmente, fora outras coisas que nem compete aqui abordá-las para não perdemos tempo, porque são fardos e maldições. (Obs.: No tempo de Jesus, os judeus fariseus tinham aproximadamente 606 regras para obedecer. E foi por isso que Jesus disse "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos... Mateus 11:28a). Elas assim pregando, anulam o meu tão amado, querido Jesus Cristo que morreu por mim que sou um nojento pecador; dos piores da face da terra! Podem crer nisso!
Então como vejo? Para quem nunca saiu do Brasil até que dá para conceber esse entendimento confuso, mas para quem já esteve em um país comunista, como por exemplo, na China, sabe que a igreja subterrânea perseguida tem hoje mais de 120 milhões de crentes verdadeiramente convertidos, dispostos até a morrer por Jesus Cristo, caso sejam pegos pelo governo comunista. Como funciona o dízimo lá? Não funciona. Eles dão tudo, 100% suas próprias vidas, assim mesmo como Deus fez com Jesus Cristo, nos dando 100% do seu melhor.
A igreja professante de Jesus Cristo hoje sobre a face da terra, a qual grandemente diferencio da verdadeira invisível Igreja militante de Cristo Jesus - que somos nós -, não vive pela fé e tampouco assim quer viver. Prefere viver da gordura das ovelhas para manter seu status quo no mundo de satanás e seus mesquinhos, avarentos e parcimoniosos projetos que pouco tem a ver com os planos de Deus de salvação da humanidade.
Por fim, quero afirmar categoricamente, sem medo de ser julgado por ninguém, pois sei quem me julga que é o Senhor, que o dízimo é um preceito unicamente da Lei Mosaica e o crente em Jesus Cristo que procura se justificar pela observância da Lei está enquadrado nas seguintes condições: tornando sem valor a morte de Cristo (Gálatas 2:21); vivendo na carne e não no Espírito (Gálatas 3:2-3); colocando-se debaixo da maldição (Gálatas 3:10); metendo-se debaixo de jugo (Gálatas 5:1; Atos 15:10); separando-se de Cristo e caindo da Graça de Deus (Gálatas 5:4); pondo-se debaixo do ministério da morte e da condenação (II Coríntios 3:7-9).
Por que o Projeto de Alfabetização pela Bíblia, criado pelo Pr. Gilberto Stevão e reconhecido pelo MEC (www.alfabetizacaopelabiblia.com.br), recebe mínima ou quase nenhuma ajuda das igrejas ou dos irmãos, cuja oferta não dá nem mesmo para pagar uma assistência de um dos nossos computadores? Esses por serem desorientados e confundidos, para não dizer enganados, pelos líderes religiosos e aquelas, por apenas quererem para si o que recebem de graça, mas de graça nada dão. O que o Projeto de Alfabetização pela Bíblia faz? Dá de graça o que de graça recebeu, ensinando a instruir a Palavra Viva de Jesus Cristo, assim como dele aprendemos (veja Mateus 10:8).
Pare, pense, reflita. Também esses irmãos estão fazendo a obra do Senhor.
Escrito e publicado por Éber Stevão