terça-feira, 23 de junho de 2009

VAI DIZER QUE NÃO É VERDADE E QUE ISSO NÃO OCORRE NA SUA IGREJA?

Algumas coisas me preocupam na Igreja Professante e entre essas coisas, uma delas, é a sempre intensa vontade de seguir o modismo do que está acontecendo em outras igrejas/comunidades ao redor do mundo. Os pastores/líderes transitam pelos continentes numa velocidade relâmpago, no mínimo assustadora, à busca de qualquer coisa ou movimento que os coloquem em voga, na dianteira. No centro do púlpito quando já passou a onda G12 é hora da Oração de Jabez; depois Código da Vinci; um pouco mais e é a vez de Deixados para Trás; agora sim, a coisa vai, é hora dos Quarenta Dias com Propósitos; não, a moda agora é louvor igual ao da Igreja Hillsong, tudo é tema de estudo ou culto para manter a igreja na vanguarda do conhecimento mundano aplicado à igreja.

Percebo que os movimentos que aconteceram há algum tempo nos EUA, começam a ser disseminados nas igrejas/comunidades no Brasil. Tive a oportunidade de viver em variadas épocas naquele país e toda a vez que voltava ao Brasil, notava que o movimento apostático que tinha acontecido lá, e causado uma devastação tremenda dentro da igreja, agora assumia personalidade especial aqui. Isso foi me intrigando e continua.

Ouvir ao Espírito Santo? O que? Que igreja tem tempo para isso? E que pastor/líder está interessado em pregar somente as coisas "ultrapassadas" que estão na Bíblia?

Na verdade, essa é "A busca insensata por 'relevância' destituída de doutrina. Mesmo no âmago do principais segmentos do movimento evangélico, onde esperaríamos achar algum compromisso com a doutrina bíblica e, pelo menos, alguma medida de solicitude no tocante a defender a fé, o que achamos, em lugar disso, é um movimento totalmente dominado por pessoas cujo principal interesse é manterem-se atualizados, a fim de serem 'relevantes'.
Sã doutrina? É demasiadamente antiquada para o frequentador comum da igreja. Exposição bíblica? Isso aliena aqueles que não pertencem à igreja. Pregação clara a respeito do pecado e da redenção? Tenhamos cuidado, para não ferir a auto-estima das pessoas que estão sofrendo. A Grande Comissão? Nossa estratégia mais eficaz tem sido a de transformar o culto na igreja numa grandiosa festa de estádio de futebol. Discipulado sério? Certamente. Existe uma boa série de estudos para grupo baseados em episódios de I Love Lucy (Eu amo Lucy). Apliquemos esse programa à nossa vida. Adoração onde Deus é reconhecido como elevado e sublime? Caia na real! Precisamos alcançar as pessoas no nível em que elas estão.
Os evangélicos e seus líderes têm seguido obstinadamente esse mesmo caminho, há várias décadas - a despeito das muitas e evidentes instruções bíblicas que nos advertem a não sermos tão infantis (além de Efésios 4:14, veja também I Coríntios 14:20; II Timóteo 4:3-4; Hebreus 5:12-14).
Qual é o âmago do problema? Resume-se nisto: boa parte do movimento evangélico esqueceu quem é o Senhor da igreja. Eles abandonaram ou rejeitaram totalmente seu verdadeiro Cabeça e entregaram sua posição legítima aos analistas de opinião pública ou aos gurus de crescimento da igreja."*

Confira os textos bíblicos:
Efésios 4:14 "Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente."

I Coríntios 14:20 "Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento."

II Timóteo 4:3-4 "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas."

Hebreus 5:12-14 "Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal."

* Texto retirado integralmente do livro A Guerra Pela Verdade do autor John MacArthur.

Escrito e publicado aqui por Éber Stevão

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