No início desta semana, o líder geral das Igrejas Universal do Reino de Deus estava fazendo sua costumeira pregação através do rádio. Lembro-me quando eu fazia especialização em Porto Alegre e vinha para Curitiba de ônibus. Isso foi nos idos de 1996 e, através do meu sonzinho, costumava ouvir as mensagens que essa mesma pessoa pregava. Elas tinham um conteúdo bíblico, sincero, que colocava em evidência a pessoa de Jesus Cristo acima de tudo.
Os anos se passaram, ele continua pregando, porém a mensagem é bem diferente agora. É impossível não perceber isso.
A pregação que esse homem estava fazendo, desta feita, era sobre a libertação que Abrão trouxera para o seu sobrinho Ló, após ter sido capturado pelos quatro reis que lutaram contra cinco reis, conforme está escrito em Gênesis 14 e os venceram. Peço que você vá até esse texto e o leia com calma, meditando em tudo o que está ali escrito.
O pregador foi falando sobre a vitória que os quatro reis tiveram sobre os cinco reis e depois mencionou a tomada de Sodoma e Gomorra e a situação em que Ló se colocara, tendo sido levado cativo por eles.
A partir desse ponto ele começou a falar sobre como Abrão vencera os 4 reis com seus trezentos e dezoito criados, nascidos em sua própria casa. Disse que aqueles 4 reis representam hoje o inimigo que nos escraviza e nos leva cativos.
Até aqui tudo estava muito bem, porém no momento em que ele citou “e é por isso que nós, os pastores das igrejas Universal, no dia...(tal), estaremos colocando todo nosso esforço, toda nossa fé, para trazer libertação para sua vida e ir em seu socorro...”, pronto, despencou da graça! Até o final da pregação e mesmo após a sua costumeira oração, se quer mencionou que é o Filho do Homem quem nos liberta das garras do inimigo.
Crassos erros em uma pregação que apesar vir de um “pastor”, parecer evangélica, não é Cristocêntrica. Até soa como cristã, mas, como disse Paulo, “…tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (2 Timóteo 3:5), e continua mantendo as pessoas escravizadas a algo ou alguém que não a Cristo. Estranho, mas ele estava agindo como disse Jesus: “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas por que rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito, e uma vez feito o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23:15-16)
Infelizmente ele usou o texto bíblico de forma completamente descontextualizada da mensagem central da Palavra de Deus que é Cristo Jesus, nosso libertador. Não importa de quem venha a pregação, se ela não nos conduzir a Cristo, ela é falsa, não vem de Deus e que seja sempre anátema!
Nos últimos anos, as pregações da Universal tem mudado o único enfoque da Palavra de Deus, que é o verbo encarnado, o Cristo vivo, para suas heresias mirabolantes que não libertam nenhuma pessoa do cativeiro dos reis mundanos tampouco do reino das trevas.
A Palavra de Deus afirma a existência de dois reinos, o das trevas, cujo rei é satanás, e o reino da Luz, cujo Rei é o Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis. Ele mesmo disse "Eu sou a luz do mundo." (João 8:19)
A verdade que deveria ser pregada é esta: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”. (Colossenses 1:13,14)
O texto bíblico diz que Deus nos libertou do reino das trevas e nos transportou para o Reino de Jesus. Este é um dos principais aspectos da verdadeira conversão, do novo nascimento. Somos libertos de um reino a fim de sermos transportados a outro. E é essa a mensagem a ser propalada.
Então, o líder espiritual das Igrejas Universal deveria ter pregado que Abrão tipifica o Cristo Jesus que veio para nos libertar de todas as nossas ligaduras, e não que o esforço, a fé e a dedicação de meros homens, seres mortais, erroneamente cognominados de pastores, podem salvar alguém de qualquer coisa.
Escrito e publicado aqui por Éber Stevão
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