terça-feira, 17 de novembro de 2009

EXISTE AMIZADE ENTRE HOMEM E MULHER QUE NÃO SEJA UM RELACIONAMENTO NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO?

Infelizmente temos visto e ouvido sobre pessoas cristãs, amigas ou distantes, que acabaram se envolvendo afetivamente (amorosamente) com uma outra pessoa que não o(a) seu(sua) parceiro(a), deixando que as trágicas consequências recaiam, não somente entre os dois envolvidos, mas sobre muitos. É triste que isso aconteça, pois, para aqueles(as) que já viveram uma situação similar, é como se Átila (o Flagelo de Deus) tivesse passado pela vida dizimando toda paz, alegria e harmonia.

Digo "pessoas cristãs" porque esses são aqueles que "teoricamente" (ou melhor, biblicamente) deveriam ter uma vida pautada pela Palavra de Deus e não pelas revoltas ondas criadas pelo atual sistema social falido, que está apoiado em valores completamente contrários ao padrão estabelecido por Deus, pois estão calcados no conhecimento humano e não na Bíblia.

Da mesma forma, estou abordando sobre "envolvimento heterossexual", pois é inconcebível cogitar sobre um relacionamento afetivo paralelo quando a maligna, diabólica e satânica relação é cognominada homossexual. Não estou preocupado que me critiquem por defender essa posição, até mesmo porque não me importo com aqueles que assim pensam, a não ser pela sua salvação eterna, cujo o campo de debate não é o intelecto, a moral, a religião ou posição geo-político-sócio-cultural e sim a fé plena em Cristo Jesus para salvação. Caso algum deles queira conversar sobre o tema, estou à disposição, do contrário, lamento informar que a Bíblia (Apocalipse 22:15) afirma que os homossexuais, entre outros, não entrarão no Reino dos Céus.

Não quero deixar aqui uma visão política e socialmente correta, pois prefiro ser biblicamente obediente e Cristocêntrico - só em Jesus, só nEle.

Há alguns que afirmam categoricamente: "Não há amizade entre um homem e uma mulher fora de um relacionamento afetivo que se enquadre dentro do namoro, noivado ou casamento." Acho bem verdade, pois essa falsa idéia de que é bom ter amigos do sexo oposto ou um (uns) bem chegado(s), está mais para uma desculpa para aquele(a) que prefere cultivar (aos poucos) uma atração mútua para ter um escape (uma carta na manga) no dia que uma ajuda "extra-curricular" for necessária, independente do motivo. O fato importante a lembrar é que esse "coringa" é uma carta amarga como o fel a ser deglutido e não uma carta do baralho a ser usada.

Dois psicólogos não cristãos, que escrevem de forma não cristã, no seu livro Não Discuta a Relação, escrevem assim sobre o assunto:

"...
Quem pode dizer o que vem primeiro: a vida ocupada ou o afastamento do marido? Em geral eles acontecem ao mesmo tempo. Porque um relacionamento não grita, não exige, nem manda e-mail, é muito fácil esquecê-lo. Nicole não pode continuar indefinidamente sem vida pessoal - sua alma precisa desse alimento. Ela não percebe, mas é um alvo fácil, esperando pelo primeiro remedinho que aparecer pelo caminho. No caso de Nicole, ele se chama Miguel, o gerente de projeto designado ao seu grupo.
Começou de forma inocente, com as conversas sobre trabalho. Depois começaram a trabalhar num projeto especial o que levou a almoços de trabalho e por fim a reuniões que iam além do horário de expediente. Logo Miguel e Nicole estavam almoçando juntos todos os dias no refeitório da empresa. A conversa não era mais só sobre o trabalho. À medida que dividiam detalhes íntimos da vida, sua afeição cresceu. A hora do almoço passou a ser a melhor parte do dia para os dois. Com Miguel em sua vida, Nicole descobriu uma nova fonte de energia. Ela podia continuar dormindo pouco, sentia-se mais feliz e perdeu dois quilos em pouco mais de um mês. Suas colegas diziam que ela parecia mais bonita e até o marido percebeu que ela estava mais confiante. Só Clara, a colega do trabalho, desconfiou.
- O que há entre você e o Miguel? - perguntou ela, sem aviso, um dia.
O rosto de Nicole corou e ela ficou na defensvia.
- Nada. O que quer dizer com isso?
- Vocês estão sempre juntos. Não parece bom. - Clara respondeu com franqueza. Embora ela não fosse a amiga mais íntima no trabalho, Nicole sempre respeitava seu senso de justiça.
- Não sei do que você está falando, nós somos só amigos - respondeu Nicole.
- Tudo bem - disse Clara, deixando o assunto de lado. Ela não estava querendo se meter.
A partir daí, Nicole e Miguel passaram a almoçar fora do trabalho. Eles combinavam encontros em lugares que não fossem frequentados pelos colegas, justificando para eles mesmos que não queriam que os outros tivessem a impressão errada.
Nicole sentia uma proximidade que não tinha há anos. O trágico dessa situação é que Nicole teve os mesmos sentimentos por Rafael no início de seu casamento. Mas agora ela fora atingida pela paixão. Nesse estado, todo seu modo de ver o mundo se altera, você se concentra totalmente no que lhe faz bem e tem pouca ou nenhuma consideração por seu parceiro. Quando Nicole chegou ao auge da paixão por Miguel, ela começou, por se sentir culpada, a encontrar defeitos no marido - o que aliviava sua culpa momentaneamente. Ela dizia a si mesma que Rafael não estava atendendo às necessidades dela, e isso servia de desculpa para continuar no relacionamento com Miguel. Quando começou a se justiicar, Nicole já estava perdida. Sua situação ficaria ainda pior. A paixão, como outros comportamentos compulsivos, quase invariavelmente aumenta. Para manter o "clímax", você precisa ter mais contato e assumir mais riscos.
Não foi surpresa alguma que o relacionamento de Nicole e Miguel se transformasse num caso. As conversas durante o almoço tornaram-se mais românticas. Por fim, eles comsumaram o caso em uma viagem de negócios. Suas mentiras cresceram e o casamento de Nicole acabou.
Poucos negariam o poder de destruição de um caso sobre um casamento, mas exatamente quando uma amizade se torna um caso não é tão evidente. Shirley P. Glass, autora de livros sobre infidelidade, deixa isso muito claro: química mais exclusividade é igual a caso. Se você está passando um tempo sozinha com alguém por quem se sente atraída com o único propósito de conhecer essa pessoa ou porque é agradável, você está brincando com fogo. A privacidade permite a intimidade e a vontade de fazer coisas que estão além do que seria permitido entre amigos. Uma dica de que você está começando a descer a ladeira escorregadia é ter de esconder de seu cônjuge o quanto você pensa naquela pessoa fascinante.
..."

O caso relatado envolveu uma mulher que ultrapassou os claros limites para uma pessoa que tinha aliança com outra, através do casamento, mas não seria nada diferente caso tivesse sido um homem. As necessidades de cada indivíduo são muito específicas e, muitas vezes, sutis. O inimigo sabe muito bem disso e também conhece onde está o seu ponto fraco. É ali que ele irá "socar" como um boxeador bate cada vez mais no fígado do oponente que demonstrou estar sem fôlego.

Se os supracitados psicólogos, não sendo cristãos, assim descorrem sobre o assunto, que conceito esperar dos cristãos?

É isso aí. Fique na paz.

Escrito e publicado aqui por Éber Stevão

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

NÃO DISCUTA A RELAÇÃO

Afirmar "Não discuta a relação" é completamente diferente de dizer "Chega um momento que não dá mais para discutir a relação, mesmo".

Paralelamente, estou lendo um novo livro, agora sobre relacionamento. Por mais incrível que pareça, o nome do volume é Não Discuta a Relação: Como Melhorar o Seu Relacionamento Sem Ter Que Falar Sobre Isso. Esse livro foi escrito pelos psicólogos Patricia Love e Steven Stosny. John Gray, o autor de Homens são de Marte, mulheres são de Vênus disso assim sobre o livro: "Patricia Love e Steven Stosny nos enchem de esperança. Não discuta a relação é um livro inspirador, um guia prático para que homens e mulheres possam superar suas dificuldades e, enfim, se entendam, dentro e fora do quarto".

Esse é um livro que não somente todo homem deve ler, mas as mulheres, na sua totalidade, obrigatoriamente têm o dever de, detalhadamente, minusciá-lo em suas vidas.

Steven Stosny é um Doutor em Psicologia e com uma experiência de 50 anos na terapia de casais escreve com propriedade sobre o assunto. Foram poucos os livros em que encontrei tantas verdades juntas. A abordagem deles sobre o assunto relacionamento entre homem e mulher está baseado no medo por parte da mulher) e vergonha (por parte do homem). Estou gostando tanto, que resolvi colocar aqui no blog, um pequeno trecho que segue escrito integralmente em coloração azul escura.

As palavras ferem, destroem e podem acabar com um relacionamento
Quando fez a pesquisa para seu livro Hot Monogamy, Patricia entrevistou 1.500 casais. Várias informações surpreendentes surgiram com a investigação, e três delas são muito relevantes para o assunto que estamos tratando.
1. A maioria das mulheres não entende o prazer de um homem ao agradar a mulher, especificamente, como é importante para o homem não querer simplesmente agradar uma mulher - ele vive para agradá-la.
2. As mulheres facilmente reconhecem como os homens são assustadores devido à ameaça de agressão, mas elas não percebem seu próprio poder para evocar a vergonha.
3. O que as mulheres em geral interpretam como homens retraídos e negligentes corresponde, na maioria das vezes, a homens sobrecarregados pela crítica e pela infelicidade que recebem de suas parceiras.

Todos concordam que é errado os homens explorarem a vulnerabilidade das mulheres fazendo qualquer coisa que possa invocar o medo. Mas não existem leis similares para restringir o uso da vantagem feminina na força verbal, em especial em relação a explorar a vulnerabilidade masculina à vergonha.

Muitas mulheres não têm idéia de como são críticas e exigentes com os homens. Quando confrontadas com seu comportamento crítico, a reação mais comum é a incredulidade. "Eu só estou tentando torná-lo uma pessoa melhor!", isto é, mais atencioso, com mais consideração, responsável, confiável, etc. Refletindo sobre esse fato, Pat (Pratricia Love) pensou que podia ser interessante relacionar as 101 maneiras de envergonhar um homem sem querer. De memória, ela reuniu mais de cinquenta formas acidentais ou intencionais, em seus próprios realcionamentos. Aqui estão algumas:
* Excluí-lo de decisões importantes: "Eu disse a minha irmã que passaríamos as férias com eles este ano."
* Tirar dele a oportunidade de ajudar (resolvendo todas as tarefas no trabalho ou tomar todas as providências): "Não se preocupe, eu cuido disso."
* Corrigi-lo: "Não foi na quarta passada, foi na quinta-feira."
* Questionar sua capacidade de avaliação: "Vai cozinhar esses ovos um de cada vez?"
* Dar conselhos que não foram solicitados: "Se você desse o telefonema, iria se sentir melhor."
* Ignorar os conselhos dele: "Isso é coisa de mulher, você não entende nada disso."
* Apontar defeitos ou recusas: "Eu queria que você fosse nesse workshop comigo." (E não porque ele iria gostar, mas porque teria "corrigido alguns defeitos dele".)
* Fazer exigências irreais de tempo e energia: "Depois de calibrar os pneus e pintar a varanda, eu queria que você ouvisse como foi o meu dia."
* Exagerar na reação (uma forma de criticar as opções ou o comportamento dele): "Não acredito que você votou nele!"
* Ignorar suas necessidades (basicamente revelar que ele não é importante): "Você não está tão cansado assim; de qualquer forma, ter companhia lhe dará energia."
* Lembrá-lo do que ele não consegue, e não do que consegue: "Teria sido melhor se você dissesse 'Desculpe', para começar."
* Sonegar elogios: "Bom, não fez mais que a sua obrigação."
* Usar um tom áspero: "Estou tão cansada disso!"
* Valorizar as necessidades dos outros em detrimento das dele: Dizendo a uma amiga: "Ah, ele não está tão cansado. Ele pode ir te buscar e te levar para casa depois de nosso encontro."
* Dizer que os desejos dele não são firmes: "Se você quisesse mesmo, teria conseguido o aumento."
* Ser condescendente: "Muito bem, passou sua camisa."
* Rotulá-lo: "Você é uma pessoa negativa."
* Mostrar pouco ou nenhum interesse pelos interesses dele: "Que graça você vê nisso?"
* Criticar a família: "Sua irmã nem ofereceu ajuda para limpar a cozinha!"
* Ignorá-lo: escolher outros amigos em vez da companhia dele.
* Interpretá-lo: "O que você realmente quis dizer quando falou que estava cansado é que você não quer me ouvir."
* Compará-lo a alguém: "O vizinho está com um carrão."
* Desprezá-lo: "Tenho que trabalhar." (Parece que ele não tem trabalho.)
* Concentrar-se em sua própria infelicidade: "Não posso viver desse jeito."
* Esperar que ele a faça feliz: "Se fizéssemos mais coisas divertidas juntos..."
* Acusações: "Você me deixa tão irritada que nem consigo pensar direito!"
* Generalizações: "Você não é capaz de entender!"
* Tentar psicanálise: "Você está tentando compensar a ausência do seu pai."
* Projetar sua infelicidade nele: "Eu me sinto mal quando eu não converso, então você não pode se sentir bem se está silencioso desse jeito."

Quando uma mulher critica um homem, conscientemente ou não, ela o impossibilita de se sentir conectado a ela. Onde há um homem retraído ou silencioso, em geral há uma mulher crítica.

O ponto até onde podemos entender e nos solidarizar com a vulnerabilidade oculta do outro ao medo e à vergonha determinará nosso sucesso na descoberta do amor além das palavras.

Caso encontra outras coisas interessantes, mencionarei aqui no blog. É isso aí.

Publicado aqui por Éber Stevão

terça-feira, 10 de novembro de 2009

UM GRITO E UM CLAMOR NA NOITE!

Hoje, mais do que nunca, eu quero gritar esta mensagem na qual acredito e que, a cada dia, impressionantemente, percebo que a quase MAIORIA dos evangélicos dissociam das suas vidas naturais. Insistem em viver uma vida “secular” e outra “espiritual”. Conseguem fazer uma dissociação que eu não consigo, se quer, visionar nem com a minha fértil imaginação. Crêem que vivemos uma vida de lutas, trabalho, lazer, etc. e que paralelamente existe uma outra, a do “sagrado”. Dizem alguns: “Se dá para viver com riqueza, vamos viver, aproveitar e usufruir, pois Deus está permitindo. Nada de querer viver na simplicidade”. Acho estranho essa fala, não a reconheço nem na vida de Jó, um dos homens mais sofredores sobre a face da terra!

Em I Coríntios 13:11, o apóstolo Paulo diz: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino."

Existem períodos nas nossas vidas que nós permitimos que as crianças tenham alegria e prazer nas coisas fúteis e passageiras desta vida, porque elas são meras crianças. Mas chega um momento do aprendizado, existe uma época do crescimento. E é assim também para você e eu, como pertencentes à Noiva de Jesus Cristo. O Senhor diz: “Vocês não devem ser ingênuos (crianças) a respeito dos tempos em que estão vivendo”.

Você deve deixar de lado as perspectivas infantis, você tem que deixar de lado todos os pensamentos e todas as esperanças que indicam que a segurança será encontrada em alguma coisa deste mundo, desta vida. A segurança (PARA TUDO, NÃO DISSOCIE NADA) é encontrada em Cristo e Cristo somente.

Em I Tessalonicenses 4:13, novamente, o apóstolo Paulo, diz: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança”.

Em II Coríntios 4:18 está escrito: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”. Você e eu tomamos a livre decisão de acreditar em Deus, no seu Filho Jesus Cristo, e não nas coisas que nós vemos com os nossos olhos naturais, mas nas coisas que sabemos serem certas dentro do nosso novo coração, que cativam nossa atenção a nos trazem alegria. É acerca daquilo que nós sabemos que é verdadeiro e certo. Não é o que vemos.

A alegria temporal depende das coisas que você enxerga e que podem lhe ser tirados a qualquer momento. A perda de um emprego, de um ente querido, de relacionamentos, de uma ambição futura, de um objetivo pessoal, de um trajeto (caminho) para o alcance de uma conquista podem simplesmente vaporizar na sua frente. TODAS essas coisas podem ser tiradas em um piscar de olhos e você ficar perplexo.

Mas a minha alegria e a sua alegria tem de vir das coisas que nós sabemos que no livro de Deus (a bíblia) são verdadeiras; dos caminhos de Deus que eu e você escolhemos abraçar, não somente as promessas de Deus, mas também TODO o Conselho de Deus, para TUDO.

Essa é a razão pela qual Jesus veio, é acerca disso que a mensagem do Evangelho fala, isso é o trabalho de Deus. "Vocês serão minhas testemunhas" para anunciar que eu morri pelos pecados da humanidade. Esse deve ser o seu foco, isso deve ser o seu coração, essa deve ser a sua vida.

Eu (JESUS) não vim para lhe fazer um homem de negócios bem sucedido! Eu (JESUS) não vim para lhe fazer um pouco mais feliz pelo caminho da sua vida! Eu (JESUS) não vim para cumprir algum destino próprio (seu) que Eu (JESUS) sou obrigado a cumprir! EU (JESUS) VIM PARA MORRER EM UMA CRUZ PELOS PECADOS DA HUMANIDADE! Eu (JESUS) vim para oferecer vida e vida em abundância! E a vida abundante é CRISTO EM NÓS a esperança da glória! (Colossenses 1:27b).

É uma nova mente um coração novo, uma nova maneira de pensar, é um novo espírito, um novo sistema de valores! Não são os mesmos valores humanos "religiosizados", "santificados"! Os valores estão todos errados, o foco está errado! Por isso muitos cristãos estão desesperados e cheios de tristezas e amarguras nesta vida! E o diabo tem cumprido seu sujo papel de cegá-los!

Pare! Não se iluda com essa vida porque amanhã algo precioso lhe será tirado e você ficará desolado se o seu coração só lá estiver! Não viva com duplicidade de mente, peça ao Senhor Deus para lhe dar, a cada novo dia, a mente de Cristo, como Paulo afirma que temos.

É isso aí. Fique firme, vai doer um pouco, mas vai dar certo.

Escrito e publicado aqui por Éber Stevão

A VERDADE É A RAIZ DO AMOR - PARTE III

A terceira e última parte desse tema, escrito pelo Pr. John Piper, segue da seguinte forma:

O Amor não é Desatento nem Negligente Quanto a Seus Efeitos
Não estou dizendo que o amor seja descuidado com as palavras que utiliza ou com os efeitos que possa causar nas pessoas. O amor preocupa-se em proteger a pessoa amada. Deseja tirá-la do sofrimento e da tristeza e levá-la a uma experiência mais intensa de alegria em Deus - agora e para sempre. Mas estou ressaltando um lado do problema que parece predominar de forma incomum em nosso mundo infestado de psicologia. Estou simplesmente chamando a atenção para este fato: não se sentir amado não é o mesmo que não ser amado. Em sua vida, Jesus exemplifica a objetividade do amor. O amor tem motivos concretos e ações concretas. Quando existe amor, a reação da pessoa amada não muda esse fato.

Essa é uma boa notícia para quem ama, porque significa que Deus é Deus, e a pessoa amada não é Deus. O julgamento feito pelo ofendido não é absoluto. Deus é absoluto. Pode estar certo ou estar errado, mas não é absoluto. Deus é absoluto. Nós nos submetemos a ele. Só ele conhece nosso coração. Quando estamos diante de Deus, o fator decisivo acerca do amor não é o que os outros pensam, mas se ele é verdadeiro. Não importa se eles apreciam nossa maneira de amar. A maioria do povo não reconheceu o amor de Jesus - e não reconhece até hoje. Não importa se somos justificados diante dos homens. O importante é que Deus sonde nosso coração e veja nele um amor sincero (mesmo não sendo perfeito). Só Deus pode fazer o julgamento definitivo (Lucas 16:15).


O Pr. John Piper fecha esse capítulo, de uma maneira muito significativa ressaltando que todo julgamento e interpretação nunca são ou serão absolutos, mas que só Deus é absoluto. Isso é tremendo! Tranquilizei minha alma, pois entendi que não importa se alguém não se inclina para a verdade quando o amor parece "duro"; que não importa se alguém não compreende a minha maneira de amar, contanto que a verdade de Deus seja sempre a mestra da nossa vida. Nela sim vamos encontrar a verdade eterna que é Jesus.

Aos profissionais da Psicologia que leram a supra afirmação do próprio autor, acerca da "infestação da psicologia", quero me abster de qualquer comentário e me eximir da responsabilidade dessa verdadeira citação, pois o texto é explanatório por si só.

É isso aí. Fique na paz!

Publicado aqui por Éber Stevão

A VERDADE É A RAIZ DO AMOR - Parte II

Abaixo segue a segunda parte daquilo que foi escrito pelo pastor John Piper no livro chamado "O que JESUS Espera de seus Seguidores - Mandamentos de Jesus ao mundo". Veja como segue o texto.

O Uso da Verdade Sem Amor
É possível usar a verdade sem amor. Por exemplo, quando um povoado samaritano não quis receber Jesus "porque se notava que ele se dirigia para Jerusalém" (Lucas 9:53), Tiago e João consideravam aquela atitude um insulto à verdade. Tratava-se de uma afronta à verdade de Jesus. Por isso, em defesa da verdade, propuseram ao Mestre: "Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?" (v.54). A reação de Jesus foi imediata: "...voltando-se os repreendeu" (v.55).

A solução para aquela atitude hostil não foi permanecer no povoado e modificar a verdade para receber um tratamento melhor. Jesus não disse aos samaritanos: "A doutrina divide, o amor une, portanto vamos deixar nossas diferenças doutrinárias de lado e viver em união". Não, a solução foi esta: "...e foram para outro povoado" (v.56). Existem ainda muitas pessoas a serem amadas com a verdade. Sempre que possível, devemos apresentar, com amor, a verdade redentora, sem ser agressivos com quem nos rejeitar. A verdade não será mudada. Ela é a raiz de uma vida de amor, o acendedor do fogo do amor e o alicerce da força do amor. Quando Jesus ordenou que amássemos os inimigos e contrastou seu mandamento com a interpretação que dizia: "Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo", ele nos estava mostrando, com amor, que corrigir uma falsa interpretação da Bíblia é forma fundamental para amar nosso inimigo.

Desafiando o Poder Absoluto de Quem é Amado
Há outra implicação óbvia das palavras de Jesus para o significado de amar: não é falta de amor considerar alguém inimigo. Vivemos em tempos de grande fragilidade emocional. As pessoas se ofendem com facilidade e, quando são criticadas, reagem, dizendo ter sido ofendidas. Na verdade, vivemos numa época em que a ofensa emocional, ou a mágoa, quase sempre se transformam em padrão de julgamento para decidir se houve amor nas palavras do ofensor. Se alguém reclamar que se sentiu ofendido por algo que você disse, muitos outros pensarão que você não agiu com amor.

O amor, portanto, não é avaliado por eles pela qualidade do ato e nem por seus motivos, mas pelas reações subjetivas. Nesse tipo de relacionamento, o ofendido tem autoridade absoluta. Se ele disser que você o ofendeu, muitos entenderão que você não agiu com amor, que você é culpado. Jesus não permitirá que esse conceito fique livre de contestação.

O amor não é definido pela reação do amado. A pessoa pode ser genuinamente amada e sentir-se ofendida, magoada ou irada, querer vingança ou demonstrar indiferença. Isso em nada diminui a beleza e o valor do ato de amor que a ofendeu. Vemos isso claramente na morte de Jesus, o maior ato de amor que já existiu, porque as reações a ela foram de um extremo ao outro: da afeição (João 19:27) à fúria (Mateus 27:41-42). A prostração, a mágoa, a ira, a fúria e o ceticismo das pessoas diante da morte de Jesus não alteraram o fato de que ele realizou um grande ato de amor.

Essa verdade é demonstrada na vida de Jesus neste mundo. Ele amou de uma forma que, muitas vezes, não se assemelhava a amor. Não conheço ninguém, nem pessoalmente nem na História, que tenha sido tão sincero quanto Jesus ao lidar com o povo.

Evidentemente, seu amor era tão autêntico, que necessitava de poucos "amortecedores". Minhas convivência de cinqüenta anos com o Jesus dos Evangelhos despertou-me a consciência de nosso grau de fragilidade e fraqueza emocionais. Se Jesus falasse conosco da maneira em que costumava falar em sua época, nós nos sentiríamos continuamente magoados e ofendidos. E era assim que ele falava com seus discípulos e seus adversários.1 O povo da época também se sentia ofendido. "Os discípulos de aproximaram dele e perguntaram: 'Sabe que os fariseus ficaram ofendidos quando ouviram isso?'" (15:12). A reação de Jesus a essa informação foi simples e direta: "Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada pelas raízes.2 Deixem-nos; eles são guias cegos..." (v.13,14). Em outras palavras: "Eles são plantas que não produzem o fruto da fé porque Deus não o plantou neles. Não vêem que me comporto com amor porque são cegos, não porque sou impiedoso". As coisas que Jesus disse a amigos e a inimigos nos fariam ruir emocionalmente e nos lançariam num poço de autopiedade.

Em torno disso, há uma questão fundamental: a sinceridade de um ato de amor não é determinada pelos sentimentos subjetivos da pessoa amada. Jesus usava a palavra "inimigos". Isso devia ser ofensivo para muita gente, acima de tudo porque Jesus defendia seus argumentos com palavras como estas: "E se [vocês] saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais?" (Mateus 5:47). Ele não se importava se alguém o acusasse de não estar sendo cuidadoso o suficiente para distinguir os inimigos verdadeiros ods irmãos ofendidos. Aparentemente, Jesus espera que digamos palavras duras, como "inimigo", misturadas com palavras ternas, como "irmão".

1 Jesus foi rude com seus discípulos quando os chamou "maus" (Mateus 7:11), "homens de pequena fé" (6:30; 8:26; 14:31; 16:8; 17:20) e "geração incrédula" (17:17). Foi rude com um homem que lhe pediu permissão para sepultar o pai antes de tornar-se seu discípulo (Lucas 9:60). Foi rude com alguns que o convidaram para jantar: "Você não me saudou com um beijo, mas esta mulher, desde que entrei aqui, não parou de beijar os meus pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas ela derramou perfume nos meus pés" (7:45,46); "Quando você der um banquete ou jantar, não convide seus amigos, irmãos ou parentes, nem seus vizinhos ricos; se o fizer, eles poderão também, por sua vez, convidá-lo, e assim você será recompensado. Mas, quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos, e os cegos" (14:12,13). Jesus disse estar feliz por Deus haver escondido a verdade dos "sábios e cultos": "Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estar coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos" (Mateus 11:25). Não respondeu àqueles que lhe apresentaram um jogo de palavras diante do povo (21:23-27). Disse que Herodes era uma "raposa" (Lucas 13:32). Acusou os fariseus de "hipócritas", "guias cegos", "sepulcros caiados", "insensatos" (Mateus 23:13,16,17,27,33). Com um chicote, derrubou as mesas dos cambistas no templo (Mateus 21:12). Tal comportamento situaria Jesus tão distante do grau de tolerância emocional de nossos dias que seu comportamento seria considerado desprovido de amor. Isso serve para mostrar que o padrão de julgamento do amor reside na resposta subjetiva daquele que é amado.

2 "As plantas que o Pai celestial plantou eram aqueles que receberam a revelaçào do caráter de Jesus, vindo do Pai - uma revelação que ele havia escondido dos 'sábios e cultos'" (11:25-27; 13:11-17; 16:16,17; cf. 14:33)" (Craig S. Keener, A Commentary on the Gospel of Matthew [Grand Rapids: Eerdmans, 1999], p.413). A frase assemelhava-se às palavras de Jesus em João 10:26: "Vocês não crêem, porque não são minhas ovelhas"; ou em 18:37: "Todos os que são da verdade me ouvem"; ou em 8:47: "Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus".

É isso aí. Fique na paz.

Publicado aqui por Éber Stevão

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