Paralelamente, estou lendo um novo livro, agora sobre relacionamento. Por mais incrível que pareça, o nome do volume é Não Discuta a Relação: Como Melhorar o Seu Relacionamento Sem Ter Que Falar Sobre Isso. Esse livro foi escrito pelos psicólogos Patricia Love e Steven Stosny. John Gray, o autor de Homens são de Marte, mulheres são de Vênus disso assim sobre o livro: "Patricia Love e Steven Stosny nos enchem de esperança. Não discuta a relação é um livro inspirador, um guia prático para que homens e mulheres possam superar suas dificuldades e, enfim, se entendam, dentro e fora do quarto".
Esse é um livro que não somente todo homem deve ler, mas as mulheres, na sua totalidade, obrigatoriamente têm o dever de, detalhadamente, minusciá-lo em suas vidas.
Steven Stosny é um Doutor em Psicologia e com uma experiência de 50 anos na terapia de casais escreve com propriedade sobre o assunto. Foram poucos os livros em que encontrei tantas verdades juntas. A abordagem deles sobre o assunto relacionamento entre homem e mulher está baseado no medo por parte da mulher) e vergonha (por parte do homem). Estou gostando tanto, que resolvi colocar aqui no blog, um pequeno trecho que segue escrito integralmente em coloração azul escura.
As palavras ferem, destroem e podem acabar com um relacionamento
Quando fez a pesquisa para seu livro Hot Monogamy, Patricia entrevistou 1.500 casais. Várias informações surpreendentes surgiram com a investigação, e três delas são muito relevantes para o assunto que estamos tratando.
1. A maioria das mulheres não entende o prazer de um homem ao agradar a mulher, especificamente, como é importante para o homem não querer simplesmente agradar uma mulher - ele vive para agradá-la.
2. As mulheres facilmente reconhecem como os homens são assustadores devido à ameaça de agressão, mas elas não percebem seu próprio poder para evocar a vergonha.
3. O que as mulheres em geral interpretam como homens retraídos e negligentes corresponde, na maioria das vezes, a homens sobrecarregados pela crítica e pela infelicidade que recebem de suas parceiras.
Todos concordam que é errado os homens explorarem a vulnerabilidade das mulheres fazendo qualquer coisa que possa invocar o medo. Mas não existem leis similares para restringir o uso da vantagem feminina na força verbal, em especial em relação a explorar a vulnerabilidade masculina à vergonha.
Muitas mulheres não têm idéia de como são críticas e exigentes com os homens. Quando confrontadas com seu comportamento crítico, a reação mais comum é a incredulidade. "Eu só estou tentando torná-lo uma pessoa melhor!", isto é, mais atencioso, com mais consideração, responsável, confiável, etc. Refletindo sobre esse fato, Pat (Pratricia Love) pensou que podia ser interessante relacionar as 101 maneiras de envergonhar um homem sem querer. De memória, ela reuniu mais de cinquenta formas acidentais ou intencionais, em seus próprios realcionamentos. Aqui estão algumas:
* Excluí-lo de decisões importantes: "Eu disse a minha irmã que passaríamos as férias com eles este ano."
* Tirar dele a oportunidade de ajudar (resolvendo todas as tarefas no trabalho ou tomar todas as providências): "Não se preocupe, eu cuido disso."
* Corrigi-lo: "Não foi na quarta passada, foi na quinta-feira."
* Questionar sua capacidade de avaliação: "Vai cozinhar esses ovos um de cada vez?"
* Dar conselhos que não foram solicitados: "Se você desse o telefonema, iria se sentir melhor."
* Ignorar os conselhos dele: "Isso é coisa de mulher, você não entende nada disso."
* Apontar defeitos ou recusas: "Eu queria que você fosse nesse workshop comigo." (E não porque ele iria gostar, mas porque teria "corrigido alguns defeitos dele".)
* Fazer exigências irreais de tempo e energia: "Depois de calibrar os pneus e pintar a varanda, eu queria que você ouvisse como foi o meu dia."
* Exagerar na reação (uma forma de criticar as opções ou o comportamento dele): "Não acredito que você votou nele!"
* Ignorar suas necessidades (basicamente revelar que ele não é importante): "Você não está tão cansado assim; de qualquer forma, ter companhia lhe dará energia."
* Lembrá-lo do que ele não consegue, e não do que consegue: "Teria sido melhor se você dissesse 'Desculpe', para começar."
* Sonegar elogios: "Bom, não fez mais que a sua obrigação."
* Usar um tom áspero: "Estou tão cansada disso!"
* Valorizar as necessidades dos outros em detrimento das dele: Dizendo a uma amiga: "Ah, ele não está tão cansado. Ele pode ir te buscar e te levar para casa depois de nosso encontro."
* Dizer que os desejos dele não são firmes: "Se você quisesse mesmo, teria conseguido o aumento."
* Ser condescendente: "Muito bem, passou sua camisa."
* Rotulá-lo: "Você é uma pessoa negativa."
* Mostrar pouco ou nenhum interesse pelos interesses dele: "Que graça você vê nisso?"
* Criticar a família: "Sua irmã nem ofereceu ajuda para limpar a cozinha!"
* Ignorá-lo: escolher outros amigos em vez da companhia dele.
* Interpretá-lo: "O que você realmente quis dizer quando falou que estava cansado é que você não quer me ouvir."
* Compará-lo a alguém: "O vizinho está com um carrão."
* Desprezá-lo: "Tenho que trabalhar." (Parece que ele não tem trabalho.)
* Concentrar-se em sua própria infelicidade: "Não posso viver desse jeito."
* Esperar que ele a faça feliz: "Se fizéssemos mais coisas divertidas juntos..."
* Acusações: "Você me deixa tão irritada que nem consigo pensar direito!"
* Generalizações: "Você não é capaz de entender!"
* Tentar psicanálise: "Você está tentando compensar a ausência do seu pai."
* Projetar sua infelicidade nele: "Eu me sinto mal quando eu não converso, então você não pode se sentir bem se está silencioso desse jeito."
Quando uma mulher critica um homem, conscientemente ou não, ela o impossibilita de se sentir conectado a ela. Onde há um homem retraído ou silencioso, em geral há uma mulher crítica.
O ponto até onde podemos entender e nos solidarizar com a vulnerabilidade oculta do outro ao medo e à vergonha determinará nosso sucesso na descoberta do amor além das palavras.
Caso encontra outras coisas interessantes, mencionarei aqui no blog. É isso aí.
Publicado aqui por Éber Stevão