Este texto foi escrito por Alberto R. S. Monteiro.
O que mais, porém, está surpreendendo o povo brasileiro nesta campanha é o silêncio das igrejas e de seus pastores a respeito destes assuntos.
A maioria dos pastores está de acordo com a posição do bispo de Guarulhos, mas simplesmente tem receio de tomar uma posição pública clara. Os fiéis esclarecidos, uma multidão em todas as igrejas, está acompanhando de perto o comportamento de seus pastores.
Percebem, com evidente perplexidade, o quanto estão distantes da atitude profética adotada na época da ditadura, que tanto causou admiração em todo o mundo, quando prelados de coragem como Dom Paulo Evaristo Arns e Dom Oscar Romero não tinham receio de denunciar os crimes ocultos das ditaduras.
Agora, que estamos em uma democracia e tudo está devidamente documentado, os mesmos pastores não encontram a coragem de dizer claramente aquilo com que concordam, mas que os meios de comunicação e os próprios candidatos ocultam de seus fiéis.
A atitude das igrejas e de seus pastores tornar-se-á um marco histórico. Em pouco tempo ficará claro o que terá acontecido e então de que terá valido pedir desculpas pelas omissões de não haver denunciado o nazismo no século passado?
Exatamente neste momento, através de um jogo de mentiras, desproporcional até mesmo para os padrões da história política brasileira, pretende-se introduzir a Cultura da Morte em nosso país enquanto os pastores, de quase todas as igrejas, aos quais cabe por ofício serem testemunhas da verdade, omitem-se de seu dever de esclarecer os fiéis, quando bastaria uma palavra para que viesse à luz do dia a realidade dos fato.
Fique por dentro do que pode acontecer para que não façam, como fizeram milhares de pastores e padres alemães. Hitler tinha 84% da popularidade. Lula tem 80% de popularidade. Será mera coincidencia, ou manipulação de massas?
Grande parte dos cristãos brasileiros hoje pensam como o pastor luterano Martin Niemöller, quando a Alemanha estava sob o domínio nazista. Na prisão proferiu a conhecida frase, em 1933,:
“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar…”
Publicado aqui por Éber Stevão
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