quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A VERDADE É A RAIZ DO AMOR - Parte I

Estou lendo um livro muito profundo, escrito pelo pastor John Piper, chamado "O que JESUS Espera de seus Seguidores - Mandamentos de Jesus ao mundo". O pastor Piper é responsável pela Igreja Batista Bethlehem, de Minneapolis. O que ele escreveu em um dos capítulos será transcrito aqui, integralmente, em cor vermelha, em três partes. O texto tem uma derivação muito importante, se o leitor tirar um pequeno tempo para abstração e auto-exame. Sempre pensei da forma como ele se expressa no texto, mas nunca havia lido alguém explicar dessa maneira um dos vários aspectos do relacionamento interpessoal. Vale a pena ler as três partes. Veja como segue o texto.

A Verdade é a Raiz do Amor

Menciono em primeiro lugar o exemplo de amor de Jesus, não apenas por ser o primeiro e mais evidente ato de amor observado em suas palavras, mas porque, na época em que vivemos, o amor é quase sempre contrastado com a defesa da verdade. Não é o que Jesus demonstra, nem aqui nem em outro lugar. Se alguém dissesse a Jesus: "O amor une; a doturina divide", penso que Jesus olharia fundo na alma dessa pessoa e diria: "A doutrina verdadeira é a raiz do amor. Portanto, quem se opuser a ela, destruirá a raz da unidade".

Jesus nunca opôs a verdade ao amor. Pelo contrário, afirmou ser ele próprio a personificação e a essência da verdade: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6). Referindo-se outra vez a si mesmo, disse: "Aquele que fala por si mesmo busca a sua própria glória, mas aquele que busca a glória de quem o enviou, este é verdadeiro; não há nada de falso a seu respeito" (7:18). Foi esta afirmação abrangente de Jesus: "...para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade..."(18:37), para explicar por que ele viera ao mundo, que levou Pilatos a perguntar com ceticismo: "Que é a verdade?" (v.38). Até seus adversários viram quanto Jesus era indiferente às opiniões do povo e quão dedicado era à verdade. "Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te importas com quem quer que seja..." (Marcos 12:14) Quando Jesus deixou este mundo e retornou para o Pai, no céu, o Espírito que enviou em seu lugar foi chamado "Espírito da verdade": "Quando vier o Conselheiro, que eu enviarei a vocês da parte do Pai, o Espírito da verdade que provém do Pai, ele testemunhará a meu respeito" (João 15:26).

Portanto, diferentemente de muitos que comprometem a verdade apenas para seguir alguém, Jesus fez o oposto. A descrença de seus ouvintes confirmava a necessidade de uma profunda mudança neles, não na verdade: "Todos os que são da verdade me ouvem" (João 18:37); "No entanto, vocês não crêem em mim, porque lhes digo a verdade!"(8:45). Quando a verdade não produz a reação que queremos - quando ela não "funciona"-, não devemos abandoná-la. Jesus não é pragmático quando se trata de amar as pessoas com a verdade. Nós falamos a verdade, e se ela não for capaz de vencer a opinião do outro, não devemos pensar em mudá-la, e sim orar para que nossos ouvintes sejam despertados e modificados pela verdade: "E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará"(8:32). Jesus orou: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (17:17).

Quando ora para que seu povo seja santificado na verdade, Jesus revela as raízes do amor. A santificação - ou santidade, conforme Jesus a entende -, implica transformar-se numa nova pessoa. Ele está orando para que nos tornemos pessoas que amam, misericordiosas, pacificadoras e perdoadoras. Tudo isso faz parte da oração: "Santifica-os", e tudo isso acontece em verdade e pela verdade, jamais separado dela. O esforço de opor o amor à verdade é como por a fruta contra a raiz ou o acendedor contra o fogo; ou como construir, sem um alicerce firme, um dormitório no segundo pavimento da casa. A casa inteira desmoronará, levando junto o dormitório, se o alicerce ruir. O amor vive pela verdade, inflama-se por meio da verdade e subsiste por causa da verdade. Foi por isso que o primeiro ato de amor de Jesus, ao nos dar o mandamento de amar foi corrigir uma falsa interpretação das Escrituras.

É isso aí. Fique na paz.

Publicado aqui por Éber Stevão

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